As centrais sindicais brasileiras emitiram uma nota conjunta pedindo ações urgentes e estruturais para enfrentar a crise ambiental e os impactos das mudanças climáticas, destacando as recentes tragédias no Rio Grande do Sul. As chuvas intensas afetaram 463 municípios do estado, que respondem por grande parte da indústria, serviços, administração pública e agropecuária.

Imediatamente, as centrais propõem a mobilização de suas estruturas para oferecer alojamento, creches, escolas e serviços de saúde, além da integração de dirigentes sindicais nas ações de recuperação e na mobilização de doações.

Para o longo prazo, sugerem a criação de câmaras setoriais regionais e uma Mesa de Diálogo Social sobre Clima e Meio Ambiente, para reestruturar o sistema produtivo com foco em sustentabilidade ambiental e inovação tecnológica. Outras medidas incluem o financiamento de cadeias produtivas, aprimoramento dos bancos públicos e a criação de uma rede nacional de elaboração de projetos.

No campo do trabalho, emprego e renda, propõem o aprimoramento do Programa de Proteção dos Empregos, a implementação de um Programa de Empregos de Interesse Público/Comunitário, formação profissional, expansão de programas de sustentação da renda e investimento no FAT e FGTS.

As centrais também defendem políticas de habitação e infraestrutura urbana e uma Política Nacional de Transição Justa para gerar novos empregos e proteger os direitos dos trabalhadores, visando enfrentar a crise ambiental e promover uma recuperação sustentável.

As entidades que assinam a nota conjunta das centrais sindicais são: Central Única dos Trabalhadores (CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Central Sindical e Popular Conlutas (CSP-Conlutas), Intersindical – Central da Classe Trabalhadora e Pública – Central do Servidor.

Leia aqui a nota emitida pelas centrais sindicais

*Credito foto: Isabelle Rieger/Sul21 – Reprodução