No apagar das luzes de 2010 o Governo Federal disparou um torpedo contra o bolso dos trabalhadores ao confirmar que a tabela do Imposto de Renda Pessoa Física não sofrerá mudança para 2011.

Segundo matéria da Folha de São Paulo citando dados do Sindifisco Nacional, a defasagem desde 1995 que já superava 64% deve passar de 70%. Na prática, a não aplicação integral dos índices de inflação à tabela faz com que os contribuintes recolham mais do que deveriam, e contraria a própria legislação que regula o Imposto de Renda, que aliás, se comporta cada vez mais como imposto sobre o salário do que sobre a renda.

Contra esta verdadeira sobretaxação imposta à sociedade, que contribui de forma trágica para um crescimento ainda maior da brutal carga tributária brasileira, o Presidente do SENGE-RS e Diretor Regional da Federação Nacional dos Engenheiros José Luiz Azambuja, conclama a categoria a apoiar e participar da mobilização posta em prática por dezenas de entidades pela reversão da medida.

Para Azambuja, o trabalho das centrais, federações, sindicatos, entidades de defesa do consumidor e imprensa, deve ainda ser complementado por iniciativas individuais e coletivas de todas as partes interessadas, através de pressão sobre parlamentares tanto de oposição quanto os da base de apoio do Governo Dilma.

O presidente do SENGE, que na participou da plenária da CNTU que tratou do assunto nos últimos dias de janeiro, alerta que não se trata apenas de uma luta política, já que a defasagem da Tabela do IR afeta diretamente o poder aquisitivo do cidadão, retirando recursos de circulação, reduzindo o consumo, freando a economia, e pior, aumentando ainda mais a concentração e a arrecadação Federal.

Repercussão

Folha de SP Online

Sindifisco Nacional 

CNTU