08/03/2012

Economia brasileira cresce 2,7% em 2011, aponta IBGE

MARIANA SCHREIBER
Folha.com (06/03/2012)

Abatida pelos efeitos da inflação alta e da crise externa, a economia brasileira cresceu apenas 2,7% no ano passado. O resultado, divulgado nesta terça-feira (6) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), representa menos da metade da expansão de 2010 (7,5%) e ficou bem abaixo das projeções apresentadas pelo governo (5%) e pelos economistas de mercado (4,5%) no início de 2011.

A expansão do PIB (Produto Interno Bruto) no quarto trimestre ante o terceiro (-0,1, dado revisado) foi de apenas 0,3%, uma recuperação modesta depois da estagnação registrada nos três meses anteriores.
O PIB é a soma das riquezas produzidas em determinado intervalo de tempo. O PIB brasileiro somou R$ 4,143 trilhões em 2011 em valores correntes.

A desaceleração da economia brasileira em 2011 é reflexo do forte crescimento registrado no ano anterior. Após a crise financeira de 2008/2009, o governo adotou várias medidas para estimular a economia, que passou por uma forte recuperação em 2010.
No entanto, essa rápida retomada acabou por pressionar a inflação, o que exigiu que o governo revertesse sua política e adotasse medidas para desestimular o crescimento, como elevação dos juros e restrições ao crédito.

Essas medidas atingiram sua potência máxima no segundo semestre de 2011, justamente quando a crise européia se agravou. A soma desses dois fatores provocou um rápido esfriamento da economia.

O PIB per capta ficou em R$ 21.252, uma alta real (ou seja, acima da inflação) de 1,8% em relação a 2010.

O IBGE revisou a variação do PIB nos trimestre anteriores. No primeiro trimestre, o PIB cresceu 1,1% ante os último três meses de 2010. No segundo, houve expansão de 0,6%, enquanto no terceiro houve retração de 0,1%. Os números anteriores eram 0,7%, 0,8% e zero.

SETORES

Há mais de uma forma de calcular o PIB. Pela ótica da oferta, soma-se toda riqueza gerada pelos três setores da economia: indústria, serviços e agropecuária. Pela ótica da demanda, soma-se tudo que é gasto com investimentos e consumo por famílias, governo e empresas. Nesse segundo cálculo entra também a riqueza gerada por meio de exportações e a riqueza "subtraída" do país pelas importações.

O desemprego baixo e a renda em alta impulsionaram, pelo oitavo ano seguido, o consumo famílias, que cresceu 4,1% em 2011. Após uma leve queda no terceiro trimestre, a demanda desse grupo voltou a aumentar nos últimos três meses do ano (1,1% ante o terceiro trimestre).

O consumo do governo também se acelerou no fim de 2011, mas fechou o ano com alta de apenas 1,9%. Ao longo do ano, houve uma contenção das despesas públicas com objetivo de reduzir a inflação.

Já os investimentos tiveram leve alta de 0,2% no último trimestre do ano. As incertezas geradas pela crise externa e o esfriamento da economia doméstica aumentaram a cautela dos empresários, que adiaram parte dos investimentos programados para o segundo semestre. Além disso, boa parte da contenção de despesas do governo se deu por meio de cortes de investimentos. Ainda assim, houve expansão de 4,7% dos investimentos no ano.

No setor externo, o aumento da importação de manufaturados afetou negativamente o desempenho do PIB, enquanto a expansão das exportações de insumos como minério de ferro e soja impulsionaram a economia.

Pelo lado da oferta, a indústria apresentou o pior desempenho. O setor registrou o segundo trimestre seguido de retração (-0,5), acumulando alta de apenas 1,6% no ano. Ao longo de 2011, a indústria sofreu com o acirramento da concorrência externa e com o aumento dos custos com insumos e mão de obra. O setor de transformação caiu 0,1% em 2011.

Já o setor de serviços e o agropecuário tiveram desempenho melhor. Com baixa exposição a concorrência externa, o setor de serviços foi beneficiado pelo aumento da renda e o desemprego baixo, que estimularam a demanda por programas de lazer, viagens de turismo, serviços de telecomunicações, etc. O setor cresceu 2,7%.

O setor agropecuário, por sua vez, foi estimulado pela demanda de países emergentes como China e pela alta dos preços na primeira metade do ano. A agropecuária cresceu 0,9% no quarto trimestre ante o terceiro e acumulou alta de 3,9% em 2011.

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