A Expedição Internacional de Circum-Navegação Costeira Antártica (ICCE), uma das mais ambiciosas missões científicas já realizadas no continente gelado, está na rota de retorno ao Brasil, com previsão de chegada ao Porto de Rio Grande no dia 30 de janeiro de 2025. A missão partiu do mesmo porto em 23 de novembro de 2024 e mostrou pioneirismo ao navegar o mais próximo possível da costa antártica.
Coordenada pelo pesquisador e explorador polar Jefferson Cardia Simões, do Centro Polar e Climático (CPC) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a expedição reuniu 57 cientistas de 7 países – Argentina, Brasil, Chile, China, Índia, Peru e Rússia. Entre eles, estavam 27 brasileiros vinculados ao Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia da Criosfera e a projetos do Programa Antártico Brasileiro (Proantar/CNPq).
Para realizar o percurso ao longo da costa antártica, a expedição utilizou o navio quebra-gelo científico AkademikTryoshnikov, do Instituto de Pesquisa Ártica e Antártica, localizado em São Petersburgo, na Rússia. A iniciativa foi 97% financiada pela fundação suíça Albédo Pour laCryosphère, com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).
A liderança brasileira foi central para o sucesso da expedição. Jefferson Cardia Simões, delegado do Brasil no Comitê Científico para Pesquisa Antártica (SCAR), destacou o papel da ciência como ferramenta estratégica para a diplomacia brasileira e para o enfrentamento das mudanças climáticas. O projeto contou com pesquisadores de instituições como UFRGS, FURG, USP, UnB, UFPE, UFMA, UFMG, UFF, UFPR e UFV, consolidando a cooperação entre universidades brasileiras.
Os trabalhos científicos feitos ao longo de mais de 60 dias incluíram a soltura de 43 balões atmosféricos equipados com radiossondas, que coletaram dados sobre pressão, temperatura, ventos e composição da atmosfera – essenciais para compreender fenômenos climáticos como frentes frias e ciclones extratropicais. Além disso, foram realizadas coletas de materiais para pesquisa em 19 estações oceanográficas (com o navio parado), 4 locais de solos e lagos costeiros, e 5 paradas para coletas de testemunhos de gelo. Amostragens de solos, água do mar, neve também foram feitas, com análises microbiológicas e estudos de biodiversidade costeira.
“O Brasil demonstra mais uma vez sua capacidade de liderar missões científicas de alta complexidade. A expedição nos permitiu coletar dados inéditos sobre as mudanças climáticas e ampliar nossa compreensão sobre os ecossistemas costeiros antárticos e os seus efeitos diretos no Sul Global”, afirmou Simões.
Os resultados preliminares da expedição serão apresentados em uma coletiva de imprensa agendada para o dia 3 de fevereiro, às 10h30, no Centro Cultural da UFRGS (Auditório Araucária, segundo pavimento, Campus Centro da UFRGS – Rua Eng. Luiz Englert, 333). Na ocasião, pesquisadores do CPC estarão disponíveis para detalhar os avanços obtidos e responder às perguntas da imprensa, além da presença da reitora da UFRGS Marcia Barbosa.
A missão, que percorreu cerca de 27.166 quilômetros circum-navegando a costa antártica, reforça o protagonismo do Brasil na ciência polar e consolida o país como uma referência internacional no enfrentamento das mudanças climáticas e na promoção da ciência como ferramenta diplomática.
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