A Ferrosul, ferrovia que vai ligar os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul com o restante do País e parte da América do Sul, foi o tema discutido em reunião do Fórum de Infraestrutura e Logística do RS realizado na quinta-feira (22) no Plenarinho da Assembléia Legislativa.

O Fórum é uma iniciativa da Comissão de Serviços Públicos, presidida pelo deputado Fabiano Pereira (PT), para estudar os problemas de logística do Estado.

Para viabilizar a criação da Ferrosul pretende-se aprovar o projeto nas Assembléias Legislativas dos estados envolvidos, a exemplo do que aconteceu no Paraná. A Assembléia Legislativa do Paraná aprovou em primeira discussão por unanimidade, dia 19, o projeto de lei nº 127/10 que autoriza o governo do Paraná a criar a Ferrovia da Integração do Sul S/A (Ferrosul) a partir da Ferroeste. A proposta, do Poder Executivo, recebeu pareceres favoráveis das Comissões de Constituição e Justiça e de Orçamento.

O projeto do governo do Rio Grande do Sul para a criação da Ferrosul, segundo informação do deputado estadual Jerônimo Göergen, vai ser apresentado e começar a tramitar na Assembléia Legislativa gaúcha a partir da semana que vem.

A decisão de criar a Ferrosul foi tomada pelos governadores em reunião do Codesul realizada em 18 de novembro de 2009, em Campo Grande (MS). A empresa que será gerida pelos quatros estados abrangidos pelo Codesul (PR, SC, RS e MS) está sendo criada para planejar, construir e operar ferrovias e sistemas logísticos.

A Ferrosul terá como base física à linha existente da Ferroeste, estatal paranaense, e os novos trechos que a mesma construirá ligando os demais estados do Codesul.

O Sindicato dos Engenheiros foi representado no Fórum pelo vice-presidente engenheiro José Claudio da Silva Sicco. Segundo ele “a FERROSUL representa a retomada do controle do transporte ferroviário por parte do estado”. Além de aproximar ainda mais os estados do Mato Grosso do Sul, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, integrando-os com o restante do continente, Sicco considera que o empreendimento barra a “política maléfica em andamento hoje em nosso País, onde o governo federal constrói linhas férreas e as entrega a iniciativa privada, hoje dominada por um monopólio sem compromisso social algum”.

Em defesa dos interesses da sociedade, da integração nacional, do transporte público a serviço do bem coletivo e em prol de uma autonomia política é que o corpo técnico, político e a entidades comprometidas com o futuro da região abraçaram a causa e certamente farão da FERROSUL uma veia de integração entre os povos do sul.

Fontes:
Agência de notícias ALRS
Comunicação SENGE-RS