A luta travada pelo Sindicato dos Engenheiros em favor da CEEE pública obteve um importante avanço. Trinta e dois deputados – inclusive da base aliada de Sartori – aderiram à proposta do deputado estadual Ciro Simoni (PDT) em favor da constituição de uma frente parlamentar pela manutenção da companhia. É o que destaca a matéria publicada pelo jornal Sul21, nesta terça-feira (7). 

A Frente Parlamentar pela Manutenção e Fortalecimento da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), que busca a manutenção da companhia como empresa pública do Estado do Rio Grande do Sul, recebeu a adesão dos parlamentares da base do governo: Frederico Antunes (PP), Silvana Covatti (PP), Adilson Troca (PSDB), Pedro Pereira (PSDB), Catarina Paladini (PSB), Liziane Bayer (PSB) e Elton Weber (PSB). A matéria destaca também que houve aumento no número de adesões à mobilização em defesa do patrimônio público, o que sinaliza as dificuldades do governo Sartori em levar adiante o seu plano de extinguir e vender instituições fundamentais à pesquisa científica, à infraestrutura e ao desenvolvimento do Estado.

Além disso, a reportagem ressalta a advertência feita pelo SENGE em relação aos prejuízos irreparáveis que representam a extinção de todo o parque industrial do setor elétrico brasileiro. Com a possível privatização da CEEE, o risco do domínio chinês sobre o Estado é iminente, como salienta o vice-presidente do Sindicato, Luiz Alberto Schreiner, na matéria do Sul21. “Eles vão trazer para cá a sua própria mão de obra e os seus equipamentos. Todo o nosso parque industrial no setor elétrico, desenvolvido ao longo de mais de 80 anos, vai se perder. Todo esse mercado vai desaparecer e essas indústrias sofrerão com isso”, alerta Schreiner.

A Frente Parlamentar pela Manutenção e Fortalecimento da Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) é mais uma mobilização que conta com o apoio e forte atuação do SENGE em favor da CEEE, somando-se à luta travada pela renovação da concessão e pela preservação do seu quadro técnico da empresa. Em todas as oportunidades o Sindicato vem manifestando o seu repúdio ao pacote de medidas de ajuste fiscal e administrativo apresentado pelo governo Sartori e aprovado pela ALRS, que representa um verdadeiro desmonte da máquina pública e que não garantirá sustentabilidade financeira, além de colocar fim em um valioso acervo técnico e científico à serviço do Estado e da qualidade de vida da população. Nesse sentido o SENGE tem marcado forte posicionamento também em defesa da Companhia Riograndense de Mineração (CRM) e da Sulgás, que também contam com frentes parlamentares atuantes e diversas ações de mobilização. Destaque para o ato que será realizado nessa segunda-feira, 13 de março, às 9h, no trevo de acesso ao município de Candiota, na BR 293, em defesa da CRM e da CGTEE/Fase B, empresas estratégicas para o setor energético e para a economia da Região Sul do Estado.

Além do pacotaço de Sartori, o patrimônio gaúcho também está sendo ameaçado por Michel Temer que, por meio do Projeto de Lei Complementar (PLP) 343/17, encaminhado ao Congresso Nacional, propõe a privatização de companhias dos setores financeiros, de energia e de saneamento como condição para a renegociação da dívida com a União. Na semana passada, o SENGE enviou aos parlamentares da Assembleia Legislativa, da Câmara dos Deputados e aos senadores um ofício posicionando-se contra a aprovação do PLP 343 e cobrando o apoio dos deputados e senadores.

Conforme destaca o vice-presidente Schreiner na matéria do Sul21, “o PLP 343 tem um viés puramente fazendário, sem se preocupar com o desenvolvimento nacional e com o bem-estar do povo brasileiro. Esse projeto passa por cima da soberania nacional e da soberania dos estados, ferindo o pacto federativo”, avalia.

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