Atividade industrial gaúcha apresentou queda de 0,1% em fevereiro, na comparação com janeiro, sem os efeitos sazonais. Com este resultado, o setor completa dois anos de estagnação. "Estamos no mesmo nível de 2010 e a consolidação de mudanças estruturais para reduzir os custos de produção, como a Reforma Tributária, é cada vez mais urgente. No entanto, na medida em que forem implementados os pacotes anunciados recentemente pelos governos estadual e federal, esperamos uma retomada gradual a partir do segundo semestre", afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (FIERGS), Heitor José Müller, nessa quarta-feira (4), ao avaliar o Índice de Desempenho Industrial (IDI-RS).

Nessa base de comparação, as variáveis com maiores retrações foram verificadas em compras de insumos e matérias-primas (-3,9%) e utilização da capacidade instalada (-0,7%). "Ambas sinalizam que a produção industrial ainda seguirá em ritmo lento no curto prazo", explicou Müller. O emprego também apresentou recuo (-0,5%). As influências positivas do IDI-RS foram modestas e obtidas no faturamento e nas horas trabalhadas na produção, com crescimento de 1% em cada uma.

Quando os dois primeiros meses do ano são analisados, em relação ao mesmo período do ano passado, o setor industrial do Estado assinala uma tímida evolução de 0,9%. O desempenho foi sustentado, em especial, pelo aumento de 7,7% da massa salarial. E, de forma bem mais restrita, pelo faturamento (1%). As fortes contribuições vieram dos seguintes setores: Tabaco (13,3%), Máquinas e Equipamentos (7,3%) e Alimentos e Bebidas (6,8%). Em contrapartida, as interferências negativas foram registradas em Borracha e Plásticos (-5,9%) e Couros e Calçados (-3,6%).

Fonte: Jornal do Comércio