Os Municipários de Porto Alegre deram uma importante demonstração de força e união pela valorização de suas carreiras ao lotar as galerias da Câmara Municipal na tarde desta quarta-feira (31) para impedir a aprovação do Projeto de Lei 02/2017 de iniciativa do Executivo. A proposta pretendia vincular a reposição da inflação no salário dos funcionários públicos municipais ao fluxo de caixa da prefeitura.

Servidores de todos os segmentos da prefeitura, liderados por suas entidades, entre elas o SENGE, que foi representado na mobilização pelos diretores Sérgio Luiz Brum e Maércio de Almeida Flores Cruz, impuseram forte pressão à base de apoio de Nelson Marchezan, e, com apoio das bancadas do PT, PSOL, PDT e do Bloco Parlamentar Independente, forçaram o prefeito a recuar das suas intenções de impor um arrocho ainda maior nos vencimentos da categoria.

Ainda nas galerias da Câmara, o engenheiro Sérgio Brum celebrou a vitória, classificando a sessão e a mobilização dos colegas Municipários como históricas. “Estamos aqui para nos defender das intenções de Nelson Marquezan Júnior. que busca nos servidores os recursos para resolver os problemas da sua administração”, salientou. “Há muito dinheiro a ser buscado junto aos grandes devedores, na venda de alguns terrenos, no desperdício gerado por grande número de aluguéis pagos pelos município, entre outras fontes”, destacou o diretor do SENGE.

A participação do SENGE nessa mobilização tomou força a partir do pronunciamento de Sérgio Brum na Tribuna Popular da Câmara da Capital em 22 de maio. Naquela oportunidade, além de alertar para a drástica redução de vencimentos embutida nos projetos do prefeito, Brum denunciou o fato de que a atual gestão vem desvalorizando gradativamente os profissionais do quadro técnico, repassando a gestão para consultorias privadas. “Ao assumir uma postura notadamente autoritária, Marchezan nega o diálogo com as categorias”, destacou o dirigente do SENGE.

Assista o vídeo na TV SENGE:

Os servidores devem, no entanto, manter a mobilização para impedir novas atrocidades, como o parcelamento dos salários, e buscar a retirada também do Projeto de Lei Complementar do Executivo 04/2017, que prevê o aumento da contribuição previdenciária de 11% para 14%.

Assista ao vídeo de Sergio Brum na sessão de 31/05 na Câmara: 

Assista ao vídeo de Maércio de Almeida Flores Cruz na sessão de 31/05 na Câmara: