Na foto, o presidente da AEAPA, Fabio Fanfa, a representante do Confea, Caroline Burtet, e o presidente do SENGE-RS, Cezar Henrique Ferreira.
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Na quinta-feira (31), o presidente do Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (SENGE-RS), Cezar Henrique Ferreira, participou da abertura do IV Congresso Estadual de Engenheiros Agrônomos (CONEAGRO), evento promovido pela Associação dos Engenheiros Agrônomos (AEAPA) com o tema “Da Estiagem à Enchente: Alternativas da Agricultura Frente aos Extremos Climáticos”.

O Sindicato é um dos apoiadores do evento, que acontece em um contexto particularmente desafiador, dado que o estado do Rio Grande do Sul foi severamente afetado por eventos climáticos extremos nos últimos meses, incluindo secas prolongadas e enchentes de proporções históricas.

Em seu discurso, Cezar Henrique Ferreira parabenizou a AEAPA pela relevância do tema e pela contribuição que o congresso representa para a preservação ambiental e o desenvolvimento de uma agricultura sustentável. Ele destacou a agricultura como um dos pilares da economia nacional e gaúcha, fundamental não apenas para a produção de alimentos e energia, mas também para a sustentação do desenvolvimento social e econômico do estado. “A agricultura é a principal atividade econômica do país e do Estado do RS, garante uma posição de liderança mundial na produção de alimentos, fibras e energia e sustenta o desenvolvimento da nossa sociedade”, afirmou Ferreira.

A realidade das mudanças climáticas foi outro ponto abordado pelo dirigente do Sindicato, que salientou a necessidade urgente de se investir em planejamento e ações de curto, médio e longo prazo para mitigar os efeitos das condições climáticas extremas.

Dados recentes da EMATER ilustram o impacto das enchentes de 2023, que resultaram em uma perda de 2,7 milhões de toneladas de soja em uma área de 1,5 milhão de hectares, além de 354 mil toneladas de milho, afetando gravemente o setor agrícola, agroindústrias, cooperativas e até mesmo a estrutura de escritórios da EMATER em diversas regiões. “As secas sucessivas e as chuvas excessivas têm causado prejuízos severos não apenas à produção agrícola, mas também à infraestrutura pública de estradas, moradias e outras estruturas fundamentais ao estado”, pontuou.

O presidente do SENGE-RS enfatizou que a resposta a esses desafios passa por uma mudança de postura diante dos problemas climáticos, com um enfoque em prevenção e planejamento, preservação das estruturas públicas como a EMATER e FEPAM, que desempenham papel essencial no suporte à agricultura e à gestão ambiental, e apoio aos Comitês de Gerenciamento de Bacias Hidrográficas, como espaços para o planejamento territorial sustentável. “Somente com um compromisso coletivo e contínuo será possível enfrentar os desafios climáticos e construir um futuro mais seguro e resiliente para o nosso Estado com uma agricultura sustentável e adaptada às condições que se apresentarem”, concluiu o dirigente do Sindicato.