Na quinta-feira (21) o SENGE realizou Assembleia Geral para deliberação da pauta dos profissionais da EMATER para Convenção Coletiva 2015-2016. O documento é resultado da grande mobilização dos colegas, dos diretores e dos representantes sindicais durante as 16 Assembleias promovidas pelo SENGE nos meses de abril e maio, encontros que contaram com a presença de 41% dos engenheiros das regionais da empresa. Essas Assembleias oportunizaram discussões muito importantes sobre a atuação dos engenheiros e a importância da EMATER no contexto agropecuário e na busca de soluções para a crise financeira do Estado.
Reunião com diretoria da EMATER: ações em andamento e sugestões
Após o fechamento da pauta, o vice-presidente José Luiz Azambuja relatou os encaminhamentos da reunião realizada pela diretoria da EMATER na manhã do mesmo dia. Na presença do SENGE, demais sindicatos e das associações, os diretores da empresa apresentaram as ações que estão sendo desenvolvidas em diversas frentes.
Nos próximos dias será apresentado o ofício resultante da Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa, subscrito pelos deputados estaduais e também pelo SENGE, ao deputado federal Giovani Cherini, coordenador da bancada gaúcha na Câmara dos Deputados, ao Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, ao Ministério do Desenvolvimento Agrário, ao Supremo Tribunal de Justiça, à Advocacia-Geral da União (AGU) e ao vice-presidente Michel Temer. Segundo o presidente Clair Kuhn, a entidade irá fortalecer sua articulação junto aos entes federais buscando a estruturação da ANATER e a obtenção de recursos, questões que já vem sendo propostas e discutidas pelo SENGE em diversas oportunidades.
Em relação ao orçamento, a diretoria informou que já iniciou o trabalho junto ao Governo Estadual pela manutenção dos recursos destinados à EMATER, apesar do decreto que determina a redução da verba para R$140 milhões. Também estão sendo analisadas formas de incrementar receitas de outras fontes, como os serviços de classificação e convênios com municípios, contrato com o BID, entre outros.
Sobre as questões administrativas, a diretoria apresentou suas expectativas em relação ao Plano de Demissão Incentivada (PDI), e também sobre a necessidade de demissões caso o orçamento seja insuficiente, sendo assegurado pelo presidente Kuhn que os desligamentos vão acontecer, mas que não serão critério o tempo de serviço, o fato do empregado estar aposentado ou os salários mais altos. Reforçou que o critério a ser utilizado será exclusivamente o mau desempenho e que a diretoria trabalha com a expectativa de que as eventuais demissões sejam em número muito pequeno.
Sindicato apoiará ações de fortalecimento da EMATER e reforça que a empresa pode contribuir para superar a crise financeira do Estado
O vice-presidente do SENGE José Luiz Azambuja manifestou o apoio da entidade à todas as medidas para o fortalecimento da EMATER, especialmente em relação à obtenção de recursos federais e manutenção do orçamento. Da mesma forma, o Sindicato acredita na palavra do vice-governador José Paulo Cairoli, que em duas oportunidades já reiterou a importância e a necessidade de fortalecimento da EMATER, com ou sem filantropia. Azambuja recomendou ainda que a diretoria volte seus esforços para a sensibilização do Poder Executivo estadual em relação ao orçamento, demonstrando como a empresa pode contribuir para superar a crise do Estado a partir do seu trabalho e expertise, e não pela redução dos quadros.
Também reforçou que o Sindicato considera importante que a empresa adote uma política permanente de desligamentos do quadro funcional com incentivos de tal modo que os funcionários possam se planejar e, no momento oportuno saírem valorizados e reconhecidos. Esta demanda tem sido apresentada reiteradamente nos processos de negociações. Quanto à eventuais demissões, o SENGE entende que são processos normais que competem aos gestores e, quando necessárias devem ser feitas através de critérios transparentes, vinculados às avaliações de desempenho. Desta forma haverá uma natural renovação dos quadros e a retenção dos profissionais melhor avaliados a partir de ferramentas capazes de oferecer os indicadores necessários para esta decisão e cujos quesitos são conhecidos por todos os funcionários.
SENGE reapresenta conclusões de documento aprovado em 2009, ainda atuais
Como contribuição, reiteramos as conclusões do Seminário organizado pelo SENGE durante o Congresso Brasileiro de Agronomia realizado em Gramado, em 2009, que resultaram no documento intitulado “O Futuro da Assistência Técnica e Extensão Rural Pública no RS”, e que ainda continua atualizado. Em síntese, este documento apresenta:
“Seja qual for a solução encontrada, é preciso assegurar a continuidade dos serviços de ATER prestados pela instituição que há mais de cinquenta anos desenvolve esta função pública para os agricultores do Rio Grande do Sul, especialmente ao segmento mais carente desse apoio, que é o da agricultura familiar.
Em geral, quanto mais distantes, mais difícil se torna às autoridades reconhecerem a real dimensão da presença da ATER no meio rural. Em outras palavras, é mais fácil aos prefeitos compreenderem o papel da extensão, que ao Governador.
Assim, nessa fase de orçamento insuficiente, a tarefa principal dos dirigentes da EMATER-RS/ASCAR é divulgar o verdadeiro papel da extensão rural na cúpula dos governos estadual e federal, com o objetivo de preservar e ir à procura de apoio ao serviço de ATER. Esta divulgação, no entanto, só encontrará receptividade quando houver propostas para remover os obstáculos que, no entender daquelas autoridades inviabilizam a continuidade do apoio do Estado nos moldes que historicamente era feito.
É necessário que os governos federal e estadual compreendam seu comprometimento com as dívidas do sistema EMATER-RS/ASCAR, tendo em vista que são instituidores da entidade, participam de seu Conselho de Administração, e a maior parte das dívidas resultou de decisões unilaterais tomadas no âmbito daqueles governos.
É bom relembrar que a fórmula EMATER-RS/ASCAR foi adotada com a complacência dos dois níveis de governo, porque a Assembleia Legislativa não concordou em criar a empresa pública EMATER, quando o Governo Federal criou o sistema EMBRATER. Foi também por decisão do Governo Federal que a EMBRATER foi extinta, obrigando o governo gaúcho a aumentar sua contribuição para a EMATER/RS.
As soluções dependem, pois, muito da compreensão real dos problemas e de “vontade política”. Por isso, os dirigentes da EMATER-RS/ASCAR devem apresentar tais questões aos governos com altivez.
A EMATER-RS/ASCAR tem possibilidade de gerar recursos que contribuam para a desoneração do tesouro estadual.
Questões a serem buscadas:
• Eliminação, ou, no mínimo, diminuição drástica da interferência político-partidária na gestão da empresa e no trabalho de ATER, que, aliás, é um dos pré-requisitos aceitos internacionalmente para o caso. A extensão rural não deve fazer proselitismo político ou religioso. Para tanto, é da maior importância que a admissão dos dirigentes seja feita com base em regras que considerem suas qualificações, experiências e capacidades, como as adotadas pela EMBRAPA na designação das chefias de suas unidades de pesquisa, bem como os empregados sejam claramente orientados sobre o tema;
• Qualificação permanente do quadro de pessoal com observância de requisitos técnicos e formação universitária para a ocupação de cargos de chefia nos diferentes níveis;
• Resgate da carreira profissional na empresa como fator de estímulo aos funcionários para o desempenho de seus cargos e funções, mediante um novo Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) oriundo de estudo, tecnicamente qualificado e desenvolvido por empresa com reconhecido conhecimento e experiência nesta atividade.
• Criação de um sistema de avaliação de desempenho ou aperfeiçoamento do atual sistema buscando confiabilidade, justiça, e que permita a tomada de decisões gerenciais no sentido de corrigir eventuais deficiências, e permitir a evolução do funcionário, promovê-lo ou, até mesmo, desligá-lo;
• Garantia de continuidade e aperfeiçoamento de dois importantes instrumentos de gestão que são o Plano de Saúde e a Fundação Previdenciária.”
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