O Programa Jovem Aprendiz é um projeto que visa capacitar tecnicamente jovens para o mercado de trabalho, através de parceria com empresas de grande e médio porte, no qual o jovem é incentivado a encontrar seu primeiro emprego, garantido na forma da lei seus direitos trabalhistas e previdenciários. (Lei de Aprendizagem nº 10.097/2000)

Desta forma, em atenção aos eixos do Planejamento Estratégico de Gestão que apontam para uma maior integração da entidade com a sociedade, e em cumprimento de dispositivos legais acima citados, o Sindicato dos Engenheiros se habilitou junto à duas instituições de Porto Alegre que atendem jovens em situação de vulnerabilidade social. A partir destes compromissos, o SENGE irá custear através do vínculo trabalhista a capacitação técnica de dois adolescentes.

Nesta primeira etapa, o Sindicato irá atender a estudante Eduarda da Silva Viana (16 anos), instrumentista do Instituto Popular de Arte-Educação (IPDAE).
 

Da mesma forma, o SENGE garantirá a profissionalização do estudante Erik Matheus Rodrigues Freitas (18 anos), aprendiz de Mecânica Automotiva da Fundação O Pão dos Pobres de Santo Antônio (Pão dos Pobres).

Para marcar este momento, o presidente do SENGE Alexandre Wollmann realizou visita às duas instituições, sendo recebido em ambas pelos voluntários, professores, alunos e os próprios jovens beneficiados. Na segunda-feira (03) Wollmann esteve no IPDAE e na quinta (06) no Pão dos Pobres.

O IPDAE foi fundado em abril de 1998 e está localizado no bairro Lomba do Pinheiro, em Porto Alegre. A instituição acredita no acesso à leitura, à música, à arte e à cultura como instrumentos mediadores na formação do indivíduo. Dessa forma, propõe atividades que possibilitam ao participante redimensionar e ampliar seus horizontes de vida, bem como desenvolver suas potencialidades latentes. Mantém, atualmente, a Biblioteca Leverdógil de Freitas, a Escola de Música, o Museu Comunitário da Lomba do Pinheiro e o Memorial da Família Remião.

O Pão dos Pobres foi criado em 1895 para amparar as viúvas e os filhos das vítimas da Revolução Federalista.  Atualmente, atende a 1400 crianças, adolescentes e jovens. Sua missão se manteve alinhada, ao longo do tempo, com as políticas públicas no atendimento de crianças e adolescentes em situação de risco e vulnerabilidade sociais, potencializando o seu desenvolvimento integral, numa perspectiva solidária construída por meio de práticas socioassistenciais. O Pão dos Pobres, desde o seu início, nunca contou com recursos próprios e sobrevive graças ao apoio financeiro oriundo de convênios públicos, empresas e sociedade civil.

No programa Jovem Aprendiz, a inserção do jovem é a partir dos 14 anos até os 24 incompletos, capacitando e proporcionando experiência e auxiliando no desenvolvimento profissional. Conforme a legislação vigente, empresas de médio e grande porte devem reservar número proporcional de vagas de emprego a participantes do programa. Ao ser contratado, o jovem é preparado por meio de aulas teóricas e práticas concomitantemente às atividades desenvolvidas na empresa ou em outro local. 

O contrato de aprendizagem deve ser um acordo especial, ao qual o prazo não pode ser superior a dois anos. Nesse acordo, deve ser garantida ao jovem a formação técnico-profissional que contribua com seu crescimento e educação, ao passo que o jovem deve se comprometer a executar as atividades atribuídas a ele, como estudos e atividades na empresa, de forma correta. A assinatura do acordo deve garantir ao jovem a assinatura em sua carteira de trabalho, bem como o pagamento da Previdência Social.