Após pouco mais que três anos do incêndio de junho de 2018, o prédio do Escritório Central da EMATER em Porto Alegre foi reinaugurado na tarde desta segunda-feira (02/08). A cerimônia contou com a presença do governador Eduardo Leite, bem como da secretária Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural, Silvana Covatti. Também prestigiaram a solenidade diversos secretários, os deputados Elton Weber e Clair Kuhn (representante da ALRS), o corpo diretivo e funcionários da empresa liderados pelo presidente Geraldo Sandri, o presidente e do vice-presidente do SENGE, Cezar Henrique Ferreira e José Luiz Azambuja, respectivamente, e outras lideranças sindicais.

Ao destacar em seu pronunciamento a importância dos serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural e Social prestados pela instituição para o aumento da produtividade no campo, o governador do Estado Leite lembrou do papel das prefeituras como parceiras deste processo para que a partir de uma melhor qualidade e maior produção, as famílias possam “extrair da terra uma melhor renda possível do seu pedaço de chão”.
 

Pontuado em diversas manifestações que se sucederam durante a cerimônia, o resultado o superavitário de R$ 2,8 bilhões no orçamento do Estado presente no Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO) do 3º bimestre de 2021, publicado no Diário Oficial do Estado na última sexta-feira (30), foi comemorado com bastante satisfação por todos os presentes. O indicador aponta para uma realidade diferente e, portanto, mais otimista, em relação à retomada da capacidade de investimentos por parte do Estado, cenário no qual a agricultura familiar assume posição prioritária em função de sua capilaridade na distribuição de renda e de fomento ao bem-estar social.

Para o presidente do SENGE, Cezar Henrique Ferreira, o momento serve para uma importante reflexão em relação ao futuro da EMATER. Segundo ele, com novos patamares na questão orçamentária, a empresa poderá iniciar um novo rumo. Para tanto, Ferreira reitera o posicionamento histórico do Sindicato que preconiza a realização imediata de concursos públicos para necessária recomposição das equipes. Para Cezar, o encaminhamento de soluções definitivas para a solução dos passivos trabalhistas acumulados também faz parte deste horizonte.

Já o vice-presidente do SENGE, José Luiz Azambuja, destaca a importância da reinauguração da sede Central da Emater onde está localizada a administração e, também, boa parte do apoio aos extensionistas de campo, que trabalham junto à agricultura familiar do Estado como público e foco preferencial da EMATER. Este segmento ocupa uma posição de destaque na produção de alimentos, notadamente daqueles de consumo interno da população gaúcha como leite, milho, feijão, hortaliças, frutas., entre outros.

Por sua vez, o presidente Geraldo Sandri destacou em seu pronunciamento, os esforços para que a estrutura operacional fosse restabelecida. Para ele, o “retorno dos empregados ao prédio representa a união e a elevação da autoestima de quem passou os últimos anos trabalhando em diversos espaços públicos pela cidade. Agora todos estamos próximos novamente em um prédio novo, moderno, seguro e confortável, com as condições adequadas de proximidade e trabalho”, finalizou.

Conforme destaca o site da EMATER, o prédio do Escritório Central foi construído entre 1980 e 1982, sendo inaugurado em fevereiro do ano seguinte. A construção foi realizada com recursos da Embrater/Bird, com contrapartida do Governo do Estado, que doou o terreno, localizado na Rua Botafogo esquina com a Érico Veríssimo, no bairro Menino Deus. Na época, a Instituição integralizou os valores finais com recursos próprios.

Em 27 de junho de 2018, um incêndio, segundo laudos, fruto de sobrecarga elétrica, atingiu grande parte da edificação e do acervo técnico e material mantido no prédio. De acordo com o diretor administrativo em exercício, Lino Hamann, por conta da idade do prédio (cerca de 40 anos), a Diretoria resolveu incluir na reforma do sinistro a recuperação total da edificação. “Para isso foram utilizados materiais modernos antichamas, antirruídos, antiderrapantes, para atribuir maior segurança aos usuários”, ressalta Hamann.

A obra, que levou cerca de dois anos para ser concluída, passou por diversas fases: desocupação do prédio (móveis, objetos e acervos); recuperação estrutural (execução do projeto técnico); planejamento e execução dos projetos complementares (arquitetônico, elétrico, hidráulico, climatização, elevadores, PPCI). Os projetos foram elaborados pela TR Engenharia e executados pela LBF Engenharia. “A partir de meados de julho, o retorno dos empregados ao prédio é gradativo e deverá ser concluído no decorrer do mês de agosto, observando os protocolos de saúde, conforme decretos”, declara Hamann.