Em uma entrevista concedida à RádioCom Pelotas, o vice-presidente do Sindicato dos Engenheiros do Rio Grande do Sul (SENGE), João Leal Vivian, abordou questões cruciais relacionadas à precarização das condições de trabalho na construção civil e engenharia em geral.

O tema principal da entrevista foi a preocupação com a crescente precarização das relações trabalhistas e os impactos diretos na segurança dos trabalhadores. Vivian destacou que após a reforma trabalhista e a lei da terceirização, houve um aumento nos indicadores de acidentes de trabalho, refletindo uma conexão com as mudanças na legislação.

Ele também mencionou exemplos concretos de situações preocupantes, como a terceirização inadequada que resulta em condições de trabalho precárias, falta de treinamento adequado e acidentes fatais. Além disso, ressaltou a importância da atuação dos sindicatos na defesa dos direitos dos trabalhadores e na promoção de condições seguras de trabalho.

Ao abordar a questão dos terceirizados, Vivian destacou a preocupação com a pejotização, que muitas vezes resulta em uma falsa autonomia e na precarização das condições laborais.

Outro ponto levantado foi a falta de registro de acidentes de trabalho entre os trabalhadores precarizados, como os motoboys, evidenciando a necessidade de uma análise mais abrangente dos dados sobre acidentes de trabalho.

Vivian também enfatizou a importância da fiscalização e do cumprimento das normas de segurança no ambiente de trabalho, ressaltando que a segurança dos trabalhadores deve ser encarada como um investimento, não como um custo.

Em relação às mudanças no regramento de segurança do trabalho e à recomposição do Ministério do Trabalho, o vice-presidente do SENGE destacou a preocupação com a flexibilização das normas de segurança e ressaltou a importância da atuação do ministério na coleta e análise de dados sobre acidentes de trabalho.

Assista à entrevista na íntegra: