O ano de 2015 marcou os 75 anos de fundação do Instituto Rio Grandense do Arroz (IRGA), autarquia cujas pesquisas e atividades contribuíram de maneira decisiva na consolidação da orizicultura gaúcha como uma das principais atividades econômicas do nosso Estado.

A história do IRGA teve início, no dia 31 de maio de 1930, com a iniciativa do Sindicato Arrozeiro do Rio Grande do Sul, que para dinamizar a cultura no Estado, resolveu transformar a entidade em Instituto do Arroz do Rio Grande, oficializado pelo Decreto nº 7.296, com o objetivo de defender os segmentos da orizicultura, o desenvolvimento de pesquisa e assistências técnicas aos produtores.

Em 20 de junho o IRGA foi criado como entidade pública, através do Decreto-Lei nº 20, tendo como finalidade principal incentivar, coordenar e superintender a defesa da produção, da indústria e do comércio de arroz produzido no Estado. Em 31 de dezembro de 1948, o Irga foi institucionalizado através da Lei nº 533, que teve nova redação em 2011, quando foi alterada pela lei nº 13697, que vigora até os dias atuais.

Em celebração a passagem dos 75 anos do Instituto, a empresa Integrar – Gestão e Inovação Agropecuária publicou em dezembro passado um valioso artigo assinado pelo engenheiro agrônomo Paulo Sergio Carmona na edição especial do seu Informativo Integrar. O relato faz um consistente apanhado histórico da importância e o papel da Estação Experimental do Arroz (EEA) no desenvolvimento da orizicultura gaúcha, bem como do contexto da produção no RS, desde os anos 20.

Carmona atuou como pesquisador e consultor do IRGA entre 1966 e 2011, destacando-se como “melhorista” de arroz irrigado, participando ativamente do desenvolvimento das cultivares lançadas pelo programa de pesquisa do IRGA, com destaque para as cultivares BR-IRGA 409, BR-IRGA 410 e IRGA 417, que são, ainda, largamente plantadas no Estado do Rio Grande do Sul. Participou de cursos de formação no Centro de Energia Nuclear na Agricultura (CENA) e no Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT). Foi um dos criadores das Reuniões Técnicas do Arroz Irrigado e participou destas desde o ano de 1971. Foi representante do IRGA nos Comitês Técnicos da Rede Internacional de Germoplasma de Arroz (INGER) e Fundo Latino-americano de Arroz Irrigado e consultor AD-HOC do CNPq e EMBRAPA. Recebeu várias condecorações pelo reconhecimento do trabalho realizado na pesquisa de arroz, entre elas Medalha “Ordem do Mérito do Serviço Público” (Governo RS, 1982), Placa “Pesquisador Emérito” (IRGA, 1989), Medalha "Assis Brasil" (FARSUL, 1991), Placa “Arrocero destacado” (IRRI – CIAT, 1991) e Troféu "Guri" (Grupo RBS, 2009).

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