O estabelecimento de uma indústria de semicondutores no Brasil foi tema do seminário realizado nesta terça-feira (28), pela Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), no auditório do SEESP em São Paulo.
O SENGE-RS, entidade filiada à Federação, esteve presente no evento, representado pelo seu presidente Cezar Henrique Ferreira, pelos vice-presidentes José Luiz Azambuja e Diego Oliz, e pelo diretor Vulmar Leite.
O evento reuniu autoridades, pesquisadores, acadêmicos, empresários e profissionais interessados nos aspectos que são considerados cruciais para esta indústria: as possíveis estratégias empreendedoras a partir de investimentos públicos e privados e desenvolvimento da tecnologia necessária, além da qualificação da mão de obra.
A abertura do seminário contou com o presidente da FNE, Murilo Pinheiro, o governador do Acre, Gladison Cameli, o secretário de Ciência e Tecnologia de SP, Vahan Agopyan, o secretário de Ciência e Tecnologia do Acre, Assurbanípal Mesquita, e coordenadora do Núcleo Jovem do SEESP, Marceile Desimon.
O vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), precisou assumir o exercício da presidência durante viagem do presidente Lula e não pôde comparecer ao evento. No entanto, enviou um vídeo gravado exclusivamente para o seminário da FNE, destacando a importância da iniciativa para o avanço da indústria de semicondutores no país, para a inovação tecnológica e geração de empregos qualificados, criando oportunidades em diversas cadeias produtivas. “Setores como defesa, energia, telecomunicações e infraestrutura crítica dependem fortemente de tecnologias baseadas em semicondutores. O Brasil tem todas as condições para ocupar esse espaço. Temos pesquisadores, matéria prima e demanda”, salientou Alckmin. O vice-presidente ainda falou a respeito da ampliação do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Indústria de Semicondutores, que concede benefícios tributários para produção de chips e semicondutores, e também para o setor fotovoltaico.
O presidente do SENGE-RS, Cezar Henrique Ferreira, detacou o altíssimo nível dos debates e o protagonismo da FNE e dos seus sindicatos filiados neste tema. “A retomada da indústria dos semicondutores e da CEITEC é um tema muito importante para o projeto de neoindustrialização do país e, consequentemente para o desenvolvimento econômico e social e a soberania nacional. É, portanto, uma pauta que vem sendo acompanhada e incentivada pelo SENGE, e que precisa ser debatida de forma qualificada. Temos know-all e estrutura para atender esse segmento, precisando, no entanto, de uma política nacional forte e contínua para vencer os desafios e posicionar o Brasil neste mercado. É nosso interesse, inclusive, promover um evento no SENGE para debater com os profissionais do Rio Grande do Sul a respeito do tema”, disse o presidente do Sindicato.
A programação contou com dois painéis: o primeiro tratou sobre estratégias empreendedoras, investimentos públicos e privados; o segundo painel trouxe o debate sobre o desenvolvimento tecnológico e a qualificação da mão-de-obra, e teve entre os seus participantes o professor da Escola Politécnica da PUCRS, engenheiro Adão Villaverde.
Villaverde, que foi convidado a contribuir com a redação do documento que sintetizará as contribuições do Seminário, destacou em sua apresentação pontos importantes para o debate:
i) a mudança do cenário mundial do tema, com a movimentação de desconcentração da indústria do Pacífico do Leste -Asia e as oportunidades que se descortinam pro país;
ii) a necessidade de definirmos “Qual a Estratégia do Brasil no Campo dos Semicondutores” e que “papel teria nosso Ecossistema de Inovação” na Área? ou seja as nossas Design Houses; a nossa Fábrica de ‘chips’ de solução completa, a CEITEC S.A e as nossas Empresas Encapsuladoras.
iii) temos mercado mundial e local para fazermos ‘frontend’, uma vez definida a rota tecnológica que empresa irá adotar;
iv) sobretudo porque empresa tem os requisitos básicos para a manufatura: sala limpa, água ultra pura, filtros para qualificação do ambiente de produção e RHs;
v) mas que fábrica necessita de um ‘upgrade’ nestes requisitos básicos, que se forem levados para um nó tecnológico na casa de 100 nanometros de precisão para fabricação, necessitariamos de um investimentonde 10% ou menos do que custaria a construção de uma fábrica nova com o mesmo nodo tecnológico;
vi) por fim, reiterou que país não pode perder a oportunidade mais uma vez, de se inserir no seleto grupo mundial de países que dominam e detêm a expertise na fabricação destes dispositivos.
12a reunião de Diretoria da FNE, que ocorre nesta quarta-feira (29).
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