De acordo com a paleontóloga Joseline Manfroi, foram encontrados fósseis de plantas carbonizadas em diferentes níveis sedimentares. Realizado através da cooperação entre Brasil e Chile, o trabalho foi publicado em um periódico científico internacional.
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A pesquisadora Joseline Manfroi é painelista do seminário Mudanças Climáticas e suas Consequências, que será realizado pelo SENGE no dia 20 de junho no Teatro da Unisinos (Porto Alegre/RS). O evento tem o patrocínio da Mútua-RS, do CREA-RS e apoio da Escola Politécnica da Unisinos. As inscrições são gratuitas.
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Por Pedro Trindade, G1 / RS –
Um estudo conduzido por uma paleontóloga do Rio Grande do Sul confirma que a Antártica era atingida por incêndios florestais frequentes há 70 milhões de anos. De acordo com a pesquisadora Joseline Manfroi, foram encontrados fósseis de plantas carbonizadas em diferentes níveis sedimentares.
O trabalho foi realizado através da cooperação entre Brasil e Chile e foi publicado na sexta-feira (14) em um periódico científico internacional. Conforme a pesquisadora, existem apenas outros dois estudos em todo o mundo sobre o tema.
”Apesar de, na atualidade, a Antártica ser representada por suas temperaturas negativas e possuir 98% do seu território coberto de gelo, ao longo de sua história geológica, ela já esteve com seus ambientes em chamas. E a ação do fogo nestas localidades era frequente e moldava as florestas durante o período Cretáceo, influenciando, inclusive, na evolução e na biodiversidade da vegetação nestas áreas do globo”, explica Joseline.
‘Os incêndios pretéritos podem ser evidenciados através do registro fóssil, em especial pela presença de carvão vegetal fóssil, que nada mais é do que material vegetal que passou pelo processo de carbonização [queima] e que ficou preservado no registro geológico”, resume Joseline.
Após análise dos fragmentos carbonizados resgatados, foi possível identificar o tipo de vegetação queimada e caracterizar o que provocou os incêndios florestais na Antártica durante o período.
”Ao contrário do que se possa imaginar, não eram os fluxos de lavas que consumiam a vegetação, e sim o contato da vegetação com as nuvens de cinza aquecida, que eram expelidas pelos vulcões. Essas nuvens atingiam as florestas, ocasionando o princípio dos incêndios naturais na vegetação”, comenta Joseline.
A autora do trabalho destaca, ainda, que ”as mudanças globais estão entre os maiores desafios para compreensão da humanidade e este tipo de estudo auxilia na construção de cenários que facilitem o entendimento da evolução dos ecossistemas terrestres ao longo do tempo”.
A pesquisa foi desenvolvida com a participação de três instituições do RS: Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Universidade do Vale do Taquari (Univates) e Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Pesquisadores do Museu Nacional do Rio de Janeiro, da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Antártico Chileno também contribuíram com o estudo.
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