A cada ano que passa, a agricultura brasileira vem sendo reconhecida e celebrada como o setor econômico mais pujante e estável da nossa economia. Urbanizados e, portanto, distantes, analistas, economistas, políticos, empresários e a sociedade em geral, dirigem suas atenções ao campo e ao desempenho do setor agrícola, procurando encontrar ali os números positivos que venham a alavancar e sustentar o Produto Interno Bruto, tão raquítico nos setores industrial e de serviços nos últimos tempos.
No entanto, seja na agricultura familiar com sua ampla diversidade e capilaridade, seja no agronegócio e sua gigantesca capacidade de geração de divisas, que podemos observar alguns dos maiores e injustificáveis gargalos estruturais que emperram um crescimento ainda maior para o setor. Protagonizamos a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos, mas concluir a duplicação da BR 116 é uma dificuldade aparentemente intransponível.
Todos os anos, no final do verão, os telejornais estampam reportagens dando conta das enormes dificuldades enfrentadas pelos produtores do Centro-Oeste em fazer chegar aos portos sua safra espetacular. O sucateamento de boa parte das rodovias estaduais gaúchas, em especial às dezenas de milhares de quilômetros sob responsabilidade do DAER, trechos ainda de chão batido, pontes precárias, sinalização quase inexistente, formam um cenário de abandono que ilustra a inexplicável condenação da autarquia à asfixia orçamentária final, que vai no sentido contrário às potencialidades ainda latentes da agricultura no Rio Grande do Sul.
Assim como o DAER, também a EMATER sofre no atoleiro do orçamento do Estado, o que precariza a transferência de tecnologia e a viabilidade de criação de renda e justiça social às famílias dos agricultores. Da mesma forma, não tem explicação a concentração absurda do escoamento das safras via modal rodoviário, enquanto que possuímos totais condições para instalação de hidrovias e ferrovias para curtas, médias e grandes distâncias.
A agricultura brasileira é um exemplo notório da miopia estratégica que adotamos em nosso País. Não haverá desenvolvimento sem investimentos em Engenharia. Não sairemos da crise apenas pela tentativa de supressão de direitos dos trabalhadores.
Por Alexandre Mendes Wollmann
Engenheiro Mecânico e presidente do SENGE-RS
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