Apesar dos desafios ainda a serem enfrentados, neste ano, o Brasil comemora o Dia Mundial da Alimentação – 16 de outubro – com a saída do Mapa da Fome, o que o recolocou. como referência internacional em políticas públicas nessa direção. Não à toa, a data também é reconhecida no País como o Dia do Engenheiro de Alimentos, profissional fundamental à garantia de produção sustentável e segurança alimentar. Confira artigo do presidente da FNE, Murilo Pinheiro.

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Nesta semana é celebrado o Dia Mundial da Alimentação – 16 de outubro. Apesar dos desafios ainda a serem enfrentados, o Brasil comemora este marco em 2025 com uma notícia alvissareira: a saída do Mapa da Fome, o que o recolocou como referência internacional em políticas públicas que asseguraram esse resultado. Não à toa, a data também é reconhecida no País como o Dia do Engenheiro de Alimentos, profissional fundamental à garantia de produção sustentável e segurança alimentar.

O avanço recolocou o Brasil em patamares de seis anos atrás, revertendo lamentável retrocesso a partir de 2019, como aponta a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan). A nova classificação consta do relatório “O estado da segurança alimentar e nutricional no mundo”, produzido por agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e divulgado em julho último.

Embora o Brasil tenha saído do Mapa da Fome, ao atingir o critério de menos de 2,5% da população em condição de subalimentação, ainda há, contudo, muito por fazer para erradicar a insegurança alimentar, que segue a afetar 35 milhões de pessoas no País. No planeta, somam-se 673 milhões (8,2% da população global).

A preocupação é expressa na edição “Hora de avançar – Propostas para uma nação soberana, próspera e com justiça social”, do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento” – FNE com adesão de seus sindicatos filiados.

Em nota técnica para a publicação, Paulo Cruvinel, pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), destaca a importância das tecnologias, boas práticas e logística para garantir a acessibilidade aos alimentos, fibras e energia. A busca de produção sustentável, com investimento em pesquisa e desenvolvimento, sobretudo em meio às mudanças climáticas, é também elencada no “Cresce Brasil”.

A engenharia é central para alcançar esses resultados e pode contribuir de modo determinante para a garantia de segurança alimentar como política de Estado, não de governo, de modo a evitar eventuais retrocessos no futuro.

Com inovação e ousadia, a expertise dos profissionais brasileiros pode ainda ser colocada a serviço de auxiliar na nobre tarefa de solucionar o grave problema global da fome, uma vez que o País se notabiliza como um dos principais fornecedores de alimentos para o restante do mundo. Aproveitar esse potencial passa necessariamente por assegurar mais e melhores engenheiros no País.