Tantas são as datas comemoradas, que celebrar e homenagear as mães com certeza nasce de um sentimento muito profundo e não poderíamos deixar passar sem uma pequena manifestação do Grupo do Senge “Mulheres na Engenharia”. 

Ao longo da história as mães sempre tiveram um papel decisivo na formação familiar e na construção da sociedade como um todo, muitas vezes de forma invisível. 

Vivemos o tempo de uma nova mãe, que continua responsável pela casa, pelo cuidado com os filhos e que contribui para o sustento da família. Cada conquista requereu muito esforço para vencer barreiras de toda ordem. 

Com mais um ano vivenciando a pandemia, a mulher mãe foi convocada a se redobrar em disposição e equilíbrio, compatibilizando seu trabalho, suas tarefas de casa, a educação dos filhos, o cuidado com familiares idosos e doentes, como esposa, bem como mães de seus pets queridos. 

Com as crianças sem sair de casa, foi necessário providenciar comida e lanches o tempo todo, acompanhar as aulas on-line, com desafios de aprendizado, provas e trabalhos, evitando consequências nefastas ao desenvolvimento e saúde emocional dos filhos. 

Nós engenheiras, muitas vezes com sobrecarga de trabalho “home office”, continuamos atuando em muitas frentes, muitas vezes enfrentando obras, interrupções na infra estrutura urbana, pesquisando e construindo equipamentos para enfrentar as consequências do vírus, garantindo a produção de alimentos, atuando em tantas outras áreas da engenharia fundamentais para a vida. 

Estar participando do Senge é uma porta aberta para nos ouvir, nos reconhecer e nos acolher, valorizar nosso trabalho, nossas descobertas, nossa capacidade. 

Precisamos estar preparadas e aptas a colaborar para a retomada do desenvolvimento do Brasil, com um olhar de inovação, de redução do desequilíbrio social, de pertencimento, de fortalecimento da engenharia nacional e de contribuição social. 

É fundamental a atenção com as mudanças trabalhistas, perseverando a garantia e melhoramento da licença maternidade, da equiparação salarial, do direito ao cuidado de familiares, dos horários de trabalho. 

Essa homenagem se estende a todas as mães, engenheiras ou não. 

Quando você é mãe, você nunca está realmente sozinha em seus pensamentos. Uma mãe sempre tem que pensar duas vezes, uma por ela e outra por seu filho. 

SOPHIA LOREN 
 

No momento em que uma criança nasce, a mãe também nasce. Ela nunca existiu antes. A mulher existia, mas a mãe, nunca. Uma mãe é algo absolutamente novo. 

OSHO 
 

Solidariedade é um compromisso de todas nós mulheres, pois independente de profissão, raça, condição social, uma vez mães estamos no mesmo barco e de mãos unidas nos tornamos mais fortes. 

Empatia é indispensável, não julgando umas às outras, pois é preciso respeitar o histórico e a realidade de cada uma. A “volta as aulas” em meio a pandemia tem sido um assunto polêmico e cada família tem o direito de optar, mas é sabido que em muitos lares não existe opção, quando os pais têm que garantir o sustento da família e não tem com quem deixar os filhos, com a incerteza de estarem certos ou não frente aos riscos de contágio. 

Companheirismo para nós mães, isto é, contar com o apoio e a participação ativa dos pais é de uma importância sem tamanho. 

Não podemos esquecer de nós para além de mãe, como mulher e pessoa, merecemos e devemos nos dar o direito de ter um olhar para nosso próprio bem estar. 

Desta forma podemos exercer a função de buscar a segurança, o equilíbrio e a paz, tão indispensáveis em nossos lares. 

Imperdoável seria nós, engenheiras, não homenagearmos nossas mães. A elas mais do que uma homenagem, um especial agradecimento, pois foram fundamentais para nossa criação, formação acadêmica e garra para superar os desafios da engenharia. 

Uma mãe com M maiúsculo, é o pilar que garante o equilíbrio emocional para que a dinâmica e o amor da família tenham consistência e harmonia. 

A todas as mães os nossos parabéns, pois ser mãe é para a vida toda!