27/10/2009

Autoridades debatem ATER no Estado e prometem estudar propostas do SENGE-RS

Assim que terminou de apresentar o estudo “O Futuro da ATER Pública no RS”, o presidente do Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (SENGE-RS), convidou as autoridades presentes a comporem a mesa do Seminário Estadual de ATER. O intuito era ouvir representantes dos governos estadual e federal sobre o tema, bem como os líderes das instituições representativas do setor.

O primeiro a se manifestar foi o presidente da EMATER-RS/ASCAR, o engenheiro agrônomo Mário Ribas do Nascimento, que na ocasião representou o Secretário Estadual da Agricultura, Pecuária, Pesca e Agronegócio, João Carlos Fagundes Machado. Ribas tentou explicar a falta de recursos devido à tentativa do Governo do Estado de reduzir o déficit orçamentário, e destacou ações positivas como as articulações junto à ASBRAER para fazer com que a ATER voltasse a ser pauta no Congresso Nacional. “Eu estou muito otimista, pois o apoio e a recuperação da ATER no Estado têm que ser gradativos, e eles estão sendo”, garantiu.

O Delegado Federal do Desenvolvimento Agrário, Nilton Pinho de Bem, que representou o Ministro do Desenvolvimento Agrário, Guilherme Cassel, fez coro ao presidente da EMATER-RS, alegando que o aporte de recursos federais tem crescido nos últimos anos. “Quando assumimos o governo, a ATER era tratada na secretaria de cooperativismo com uma verba anual de R$ 8 milhões, ou seja, era praticamente inexistente. Hoje esta verba já soma R$ 400 milhões anuais”, revelou Pinho de Bem.

Já o superintendente Federal da Agricultura no Rio Grande do Sul, Francisco Natal Signor, que se manifestou em nome do Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, assegurou que a ATER faz parte das políticas públicas do governo, e que o Rio Grande do Sul pode contar com este entendimento.

O contraponto deste posicionamento começou a ser desenhado no discurso do Coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Extensão Rural, o deputado Elvino Bohn Gass, que criticou os valores destinados ao setor nos últimos anos. “Há quatro anos o orçamento da EMATER-RS era de R$ 107 milhões. Hoje está em R$ 84 milhões. É preciso antes recuperar o que nos foi tirado, para depois se falar em evolução”, defendeu.

Na mesma linha, o vereador Carlos Todeschini, no ato representando a Câmara Municipal de Porto Alegre, fez um comparativo entre o orçamento destinado à assistência técnica no campo e o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) da capital. Segundo ele, em 2000, quando foi escolhido diretor geral do DMAE, o orçamento do departamento era de R$ 160 milhões, enquanto o da EMATER-RS era de R$ 80 milhões. “Passados nove anos, o DMAE hoje possui um orçamento de R$ 340 milhões, enquanto que a EMATER-RS conta com o mesmo valor de nove anos atrás”, comparou.

Para destacar a importância da EMATER/RS e o trabalho da ATER Pública do Rio Grande do Sul, a Diretora Técnica da empresa, Águeda Márcei Mezzomo, lembrou que na última pesquisa do IBGE o Estado ficou em primeiro lugar na prestação de Assistência Técnica a Agricultores. “Mensalmente recebemos comitivas de outros Estados que querem conhecer nossa forma de trabalho. Avançamos nas leis para captar recursos federais. Creio que estamos num bom caminho para fortalecer a ATER Pública gaúcha”, argumentou, defendendo a atuação da atual gestão.

Sob outra perspectiva, o presidente da Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul (SARGS) e coordenador regional do 26º Congresso Brasileiro de Agronomia, Arcângelo Mondardo, relacionou uma melhora da ATER pública com o término da distinção entre pequenos e grandes produtores. Para Mondardo, é preciso desmistificar a diferenciação entre agricultura familiar e agricultura empresarial, pois um pequeno produtor também seria um empresário. “Este é o nosso desafio aqui no CBA, fazer este convencimento”, sugeriu.

Na última manifestação do evento, o presidente da Associação dos Servidores da EMATER-RS/ASCAR, Gervásio Paulus, enfatizou que a dificuldade crucial da empresa estadual de ATER é de orçamento. “Não podemos fazer mais com menos, pois nosso trabalho vai além de transmitir conhecimento. Ele é técnico-educativo, e para isto precisamos de recursos e de estrutura”, protestou. Gervásio também foi bastante aplaudido pelo público quando comparou a profissão de engenheiro agrônomo a do médico Bezerra de Menezes. “Tal como Bezerra questionou a validade do seu anel de doutor, do que valem nossos cargos, nossas empresas e nossos diplomas, se não pudermos colocar tudo isto ao lado de quem mais necessita?”, questionou o engenheiro agrônomo, que encerrou as colocações da mesa.

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