10/11/2010

Complexo do dique seco de Rio Grande

A Petrobras licitou um empreendimento, já em construção, que fará da Companhia a primeira fabricante em série de cascos de plataformas dos tipos FPSO e semi-submersível no mundo, revitalizará a indústria naval do Brasil e impulsionará a economia brasileira. Trata-se do complexo do dique seco de Rio Grande.

O empreendimento é de vulto, conforme explica o gerente de Empreendimentos para Construção Naval da área de Engenharia da Petrobras, Alexandre Lugtenburg de Garcia.

“Na cidade de Rio Grande, no estado brasileiro do Rio Grande do Sul, o complexo funcionará como espaço para a construção, a conversão e o reparo de plataformas de produção e perfuração em uma área de cerca de 500 mil m2 . Será dotado de oficinas aptas a processarem até 12 mil toneladas de aço por ano. Contará com uma estrutura de aço, denominada pórtico, que, com 130m de vão livre e 80m de altura, possibilitará o levantamento de cargas de até 600 toneladas. Incluirá dois pátios de 100 mil m2 cada um, aproximadamente, destinados à construção de módulos offshore. Abrigará um dique seco com 350m de comprimento, 130m de largura, profundidade de 14 metros e uma porta-batel de 130m, a qual possibilitará o alagamento ou o esvaziamento do dique e, respectivamente, a entrada de navios para reparos ou conversão e a saída de navios ou cascos para o mar. Terá, também, dois cais de acabamento, com 150 e 350m respectivamente”, diz ele.

Orçado em 265 milhões de dólares, o complexo, construído em terreno arrendado por 10 anos, pertencerá à Petrobras e à empresa WTorre nesse período, cabendo 80% à primeira e 20% à segunda, que será a operadora do complexo. Após esse período, pertencerá integralmente à WTorre e, dado que possuirá infra-estrutura para fabricar FPSOs, plataformas semi-submersíveis e plataformas monocoluna integralmente, ou apenas seus cascos, poderá prestar serviços à Petrobras e a quaisquer outros clientes.

O complexo propiciará ganhos significativos à Petrobras. Ainda mais considerando que, com o mercado offshore aquecido, os estaleiros do mundo estão sobrecarregados de serviço e, no Brasil, nenhum estaleiro está apto a construir plataformas, seja pela largura, ou pela profundidade do dique. “A Companhia contabilizará redução de custos devido à economia de escala na compra de matérias-primas. Poderá negociar bons preços pelo fato de comprar no Brasil sem concorrência de igual porte e em grandes volumes. Diminuirá importações. Obterá incentivos fiscais do governo do Rio Grande do Sul, que tem total interesse em sediar um empreendimento que alavancará a economia local. Garantirá o atendimento a sua demanda por cascos de plataformas, já que as plantas de processo podem ser fabricadas em vários estaleiros do Brasil mas os cascos, por enquanto, somente no complexo de Rio Grande ou no exterior. Será também reduzido o tempo de construção de plataformas, pois não haverá mais necessidade de enviar navios brasileiros para a Ásia, a fim de que seus cascos sejam adaptados para FPSOS e plataformas semi-submersíveis na China, na Coréia ou em Cingapura”, constata o gerente de E&P e Transporte Marítimo, Roberto Gonçalves.

O Brasil ganha ainda mais com o empreendimento. “Em sintonia com o Programa de Mobilizaçãoda Indústria Nacional de Petróleo e Gás Natural do governo brasileiro, o Prominp, o complexo revitalizará a indústria de bens e serviços da cidade de Rio Grande e a tornará um pólo naval, dará novo impulso à indústria naval brasileira como um todo, capacitará o Brasil a realizar serviços até então feitos somente no exterior, aumentará o conteúdo nacional das plataformas da Petrobras, gerará emprego e renda e contribuirá para o desenvolvimento do país”, ressalta o gerente executivo da área de Engenharia da Petrobras, Pedro Barusco.

Segundo Lugtenburg de Garcia, somente na fase de construção do dique já foram gerados cerca de 1.500 empregos diretos. E mais 3.500 são previstos por conta do primeiro serviço a ser implementado no complexo – a montagem do casco da P-55 e a construção de tubulações e estruturas auxiliares. As obras terão início ainda em 2008 e serão finalizadas em 2011, quando a plataforma seguirá para o campo de Roncador, na Bacia de Campos.

Outras obras a serem realizadas no complexo são, por exemplo, a reforma da plataforma semi-submersível P-17, a construção do casco da plataforma do tipo TLWP (tension leg wellhead platform) P-61 e a construção de uma série de quatro ou seis cascos padronizados para FPSOs. A idéia, afinal, é otimizar, ao máximo, a utilização do espaço.

O dique deverá ser concluído em fevereiro de 2009. Nesta época, um marco nas indústrias naval e offshore brasileiras terá sido erigido. E a Petrobras terá comprovado que transforma desafios em oportunidades.

Fonte: Petrobrás

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