Apesar da cobrança de pedágios de R$ 10,70 para carros leves e do mesmo valor por eixo para os veículos de carga em cada um dos cinco postos de cobrança, o atual estágio da obra, praticamente estagnada em seus nove trechos licitados, comprova que estamos ainda longe, muito longe, de um final feliz.

Na última terça-feira (17), a Bancada Gaúcha no Congresso Nacional definiu que a conclusão da duplicação é prioridade para o Estado. A iniciativa dos parlamentares, com a liderança do Deputado Afonso Hamm (PP), presidente da Frente Parlamentar em defesa da rodovia, em assegurar a destinação de R$ 81 milhões das chamadas Emendas Obrigatórias para as obras da BR-116, é importante porém absolutamente insuficiente para acelerar a conclusão das obras.  

Preocupa a ociedade gaúcha a informação veiculada pelo próprio DNIT que ainda são necessários outros R$ 660 milhões para a conclusão, montante que dificilmente será liberado pelo Governo Temer e que representa mais de oito vezes o valor assegurado pelos senhores deputados. Vale destacar que em 2017, a obra recebeu escassos R$ 60 milhões, o que para os usuários da rodovia representou pouco ou quase nada, a não ser a liberação (parcial) do viaduto em Turuçu. Nesse ritmo serão necessários, no mínimo, mais 8 anos para concluir a rodovia que é essencial para o escoamento das safras gaúchas e outros produtos da nossa indústria pelo porto de Rio Grande, cujo impacto nos faz perder competitividade em termos de exportações, sem contar a insegurança gerada pelo alto volume de tráfego em condições precárias.