A conservação do solo e da água é decisiva para reduzir o impacto de enchentes e estiagens, garantindo segurança hídrica, produtividade no campo e proteção às cidades. Transformar esse tema em política permanente de Estado, com ações integradas por bacia hidrográfica, é condição básica para um Rio Grande do Sul mais resiliente.
Por isso, na manhã desta terça-feira (18), o SENGE-RS sediou um encontro para debater a implementação do Acordo de Cooperação para Conservação do Solo e da Água e os próximos passos da Política Estadual de Conservação, instituída pelo Decreto nº 52.751/2015. A reunião deu continuidade às ações iniciadas com a assinatura do acordo durante a Expointer, reunindo novamente representantes de entidades públicas e privadas envolvidas no tema.
Participaram do encontro o presidente do SENGE-RS, Cezar Henrique Ferreira, o vice-presidente José Luiz Azambuja, o engenheiro agrônomo Ricardo Felicetti, diretor do Departamento de Defesa Vegetal da Secretaria da Agricultura, Pecuária, Desenvolvimento Sustentável e Irrigação (Seapi), o engenheiro agrônomo Humberto Dalberto, da Associação de Conservação do Solo e da Água (ACSA-RS), além de representantes de outras instituições parceiras.
Ao abrir a reunião, Cezar Henrique destacou que a Engenharia tem papel estratégico na construção de soluções para enfrentar os eventos extremos que atingem o Rio Grande do Sul. “Solo e água são a base da produção e da vida nas cidades. Quando falamos em conservação, estamos falando de segurança alimentar, de proteção das comunidades e de desenvolvimento sustentável. O SENGE-RS coloca sua estrutura e seu corpo técnico à disposição para fortalecer essas políticas como programas permanentes de Estado, e não apenas ações pontuais de governo”, afirmou.
Ricardo Felicetti ressaltou que o encontro no Sindicato é um passo importante para transformar em ações concretas o que está previsto na legislação. Segundo ele, a política de conservação ganha urgência diante do histórico recente de estiagens severas e das enchentes que afetaram o Estado. “O trabalho de recuperação e conservação do solo e da água precisa ser restabelecido e continuado como política de Estado. Quando não cuidamos do solo, perdemos capacidade de armazenar água, aumentamos a erosão e agravamos tanto as secas quanto as cheias. Isso se traduz em endividamento do produtor, perda de produtividade e prejuízos sociais e econômicos”, pontuou.
O engenheiro agrônomo destacou ainda que o solo é o principal reservatório de água para a agricultura e para os ecossistemas. “Hoje temos milhões de hectares em sistema de plantio direto, mas apenas uma parcela relativamente pequena adota práticas completas de conservação de solo e água. Se tivéssemos manejo adequado nas bacias, com cobertura de solo e estruturas de contenção bem planejadas, poderíamos ter reduzido significativamente o volume das inundações recentes na Região Metropolitana”, exemplificou, chamando a atenção para a necessidade de planejamento por microbacias hidrográficas.
Humberto Dalberto reforçou a importância de articular as instituições para garantir continuidade às ações. Para ele, a conservação do solo e da água não pode ser tratada como um projeto de curto prazo. “Floresta, recuperação de solo, retenção de água: nada disso se faz em quatro anos. É um trabalho de longo prazo, que precisa atravessar governos para realmente mudar a realidade. Conservação não respeita cerca: envolve propriedades, estradas, municípios e toda a bacia hidrográfica. Por isso tem que ser política de Estado”, avaliou.
Durante a reunião, foram discutidos os encaminhamentos para a atuação do grupo gestor previsto no decreto, responsável por articular as ações das diferentes entidades. Entre os pontos debatidos, estiveram a necessidade de coordenar iniciativas hoje dispersas, integrar programas já existentes e priorizar o apoio aos pequenos municípios, onde muitas vezes estão as nascentes dos rios e há menos estrutura técnica à disposição. Também foi ressaltada a importância dos Comitês de Bacias Hidrográficas como instâncias fundamentais para o planejamento regional, tema que o SENGE-RS já vem defendendo em diferentes espaços.
O grupo trabalhou na definição de uma agenda de ações conjuntas para 2026, com foco em projetos que possam ser construídos de forma colaborativa, somando recursos e expertises de cada instituição. A proposta é mapear iniciativas em andamento, identificar lacunas e construir estratégias que fortaleçam a conservação do solo e da água em todo o território gaúcho, com impacto direto na redução dos efeitos de enchentes e estiagens.
Ao final do encontro, Cezar Henrique reiterou o compromisso do Sindicato em seguir contribuindo com a formulação e o acompanhamento de políticas públicas na área. “O SENGE-RS representa as engenheiras e os engenheiros nas relações de trabalho, mas também tem responsabilidade com o futuro do Estado. Estaremos presentes nesse debate, defendendo soluções técnicas, planejamento e a participação ativa das entidades e da sociedade na construção de um Rio Grande do Sul mais resiliente”, concluiu.
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