16/09/2016

ELEIÇÕES 2016: DIRETORIA DO SENGE DISCUTE PAUTA MÍNIMA COM RAUL PONT

“Nosso plano de governo prevê mecanismos que permitam a participação da sociedade e de entidades, porque quanto mais profunda e participativa for a democracia, melhor para governar. E nós convidamos o SENGE para nos auxiliar nas tarefas futuras” disse o candidato à Prefeitura de Porto Alegre, Raul Pont (PT) em encontro com a diretoria do SENGE na manhã desta sexta-feira (16)

Esse foi o quinto encontro promovido pelo Sindicato com os candidatos às eleições para a Prefeitura de Porto Alegre, repetindo iniciativas realizadas também no pleito de 2012 e na eleição estadual de 2014, com o objetivo de apresentar a Pauta Mínima para as Administrações Municipais. O documento consolida o compromisso assumido pelo SENGE de contribuir com a boa gestão e profissionalização da administração pública. Foi apresentado ainda a edição “Cidades” do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, iniciativa da Federação Nacional dos Engenheiros que pretende oferecer propostas para a boa gestão das localidades.

O presidente do SENGE, Alexandre Wollmann, abriu o encontro saudando a todos e reiterando a intenção do Sindicato em contribuir de forma técnica com as administrações municipais, visando exclusivamente o interesse público. Ressaltou também as iniciativas realizadas junto à Prefeitura de Porto Alegre, como a ação ajuizada pela destituição do diretor-geral do DEP em cumprimento à legislação municipal, que determina a ocupação do cargo por profissional com formação em Engenharia.

Dando sequência às manifestações, o vice-presidente do SENGE, José Luiz Azambuja, falou sobre a importância do trabalho desenvolvido no âmbito das prefeituras, uma vez que 84% da população brasileira vive em centros urbanos, o que amplia ainda mais a relevância dos quadros técnicos para a qualidade dos serviços oferecidos pela administração pública, e nesse sentido a Engenharia tem um papel fundamental. Também alertou para a importância do planejamento visando a gestão de projetos e captação de recursos, e bem como os serviços em execução do dia-a-dia das cidades. Citou ainda as mobilizações em defesa de um projeto para o Cais Maua que privilegie a ocupação e circulação popular, e pela participação do Sindicato no Conselho do Plano Diretor, atualmente dominado por entidades do setor imobiliário afrontando o interesse público.

O engenheiro Sergio Brum abordou a mobilização pela remuneração da Responsabilidade Técnica dos engenheiros da prefeitura, liderada pelo SENGE, e a luta pelo Plano de Carreira visando a valorização e o tratamento isonômico entre as categorias. Também criticou iniciativas que vêm sendo promovidas pela atual gestão municipal, como terceirização e contratação de serviços para atividades que podem ser providas pelo quadro técnico de servidores.

Mobilidade urbana foi tratada pelo engenheiro Mogli Veiga, do Conselho Técnico Consultivo do SENGE, lembrando que o Estatuto das Cidades já apresenta definições para esta área. Ainda segundo o engenheiro, Porto Alegre tem um plano de mobilidade que integra as diversas formas de transporte, inclusive com os municípios da Região Metropolitana, mas permanece engavetado pelas gestões municipais. Criticou também o sistema de transporte público na Capital, projetado em 1989 e que não foi repensado para o crescimento e para as mudanças que vem impactando a cidade e a vida das pessoas ao longo das décadas.

A importância dos planos de saneamento e a sua necessária integração com as demais áreas da infraestrutura urbana foram debatidas pelo diretor Márcio Gomes, que destacou ainda que a gestão municipal deve buscar soluções para o esgotamento, especialmente em áreas menos favorecidas, e para a coleta e destinação de resíduos. A questão do saneamento foi reiterada pelo direto Francisco Bragança de Souza, alertando sobre a importância do dimensionamento e planejamento das obras em razão das caracterísicas da cidade.

O engenheiro Alexandre Rava de Campos, também membro do Conselho, citou o ranking criado pela Endeavor, organização de apoio ao empreendedorismo, que coloca Porto Alegre como uma das capitais com os maiores prazos para abertura de novos empreendimentos no Brasil. “Aqui demoramos 245 dias para abrir um novo negócio, enquanto que em Goiânia são 32 dias”, salientou. Diante disso, o engenheiro alertou para a necessidade de que seja retomado o convenio com o Governo do Estado buscando maior agilidade na tramitação e liberação de projetos através do trabalho dos técnicos da Prefeitura.

A mobilização em defesa do Morro Santa Tereza foi discutida pelo diretor Vinicius Galeazzi, do Conselho Técnico, ação na qual o SENGE atuou ativamente nos últimos anos no sentido de preservar o local como um patrimônio histórico e ambiental de Porto Alegre, e promover a regularização fundiária das comunidades que vivem na área.

Reiterando a importância do planejamento das obras e serviços na Capital, o vice-prefeito Luiz Alberto Schreiner exemplificou o caso das obras para a Copa do Mundo, que em grande parte sofreram atrasos e enfrentaram problemas que poderiam ter sido evitados caso o planejamento dos projetos tivesse sido respeitado.

Encerrando as manifestações da diretoria, o engenheiro Maércio Flores Cruz criticou o sucateamento da estrutura pública e o esvaziamento dos quadros técnicos da prefeitura, acarretando em perda de oportunidades para o município, problemas nos serviços prestados à população e perda de expertise profissional.

Em resposta às demandas apresentadas pelos diretores do SENGE, o candidato Raul Pont defendeu a importância do planejamento das obras públicas e da participação popular nas decisões da gestão. Falou sobre as experiências do orçamento participativo e de como a população é capaz de compreender as prioridades entre as demandas apresentadas, bem como a necessidade de integração entre os serviços de pavimentação, saneamento, mobilidade e demais necessidades de cada região. Criticou também as coligações com muitos partidos, o que acaba tensionando as decisões do governo. "Essa é uma das minhas críticas ao governo atual. É um leque muito amplo onde não há uma identidade programática para fazer políticas públicas", disse.

 

 

 

 

 

 

 

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