Na manhã desta quinta-feira (25), o presidente do SENGE-RS, Cezar Henrique Ferreira, e o vice-presidente José Luiz Azambuja participaram na última etapa do seminário nacional que tratou sobre a importância da recuperação do setor naval para a retomada do desenvolvimento e da soberania do Brasil.

O SENGE-RS é uma das entidades promotoras do seminário, ao lado dos Sindicatos dos Engenheiros do Rio de Janeiro e de Pernambuco, da Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros (FISENGE), do Dieese, da Confederação Nacional dos Metalúrgicos da CUT (CNM/CUT) e do Clube de Engenharia. Nas etapas Rio e Pernambuco, o seminário tem o apoio do CREA-RJ, CREA -PE, Mútua-RJ, Mútua-PE, Federação Nacional dos Engenheiros (FNE), FNA e Confetu; e, no Sul, da FNE, Stimmerg, FNA e Confetu.

O evento lotou o auditório do Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro, e contou com a presença de sindicatos e entidades representativas da Engenharia, dos petroleiros e de diversas outras áreas e categorias profissionais. Na oportunidade foi debatida a pauta da indústria naval para a Região Sudeste, dando sequência às etapas anteriores do seminário realizadas na sede do SENGE-RS em Porto Alegre e em Recife (PE) quando foram abordadas estratégias para os polos do Sul, Norte e Nordeste.

Atualmente, o setor naval abrange apenas 19.410 empregos no país inteiro, em comparação a 82.472 postos de trabalho, além dos quase 400 mil empregos indiretos, existentes há oito anos.

Na sua manifestação, o presidente do SENGE-RS ressaltou a preocupação com a estagnação da indústria nacional nos últimos anos, incluindo-se o retrocesso do setor naval em todo o país. “Não é possível aceitarmos que há algum tempo o setor industrial do país contribuísse com 30% do PIB nacional e hoje, apenas com 10%. Isso é resultado de uma estagnação do setor e de retrocessos abruptos, como é o caso da indústria naval que movimenta uma cadeia produtiva complexa e extensa que foi responsável por trazer desenvolvimento aos polos onde está inserida. No Rio Grande do Sul tivemos um importante salto em uma região deprimida, graças a indústria naval”, disse Cézar Henrique Ferreira.

O dirigente abordou ainda a mobilização e engajamento do SENGE-RS e da Federação Nacional dos Engenheiros em prol de políticas de incentivo industrial permanentes no país, com foco também no setor naval. “Quero afirmar aqui a nossa participação, apoio e engajamento a este movimento. O SENGE-RS vai apresentar essa proposta aos candidatos ao governo do Estado, bem como aos representantes eleitos, no sentido de desenvolver o setor hidroviário, que também sofreu um grande retrocesso, e o fomento a indústria naval”, afirmou.

O seminário contou com mediação do presidente do SENGE-RJ, Olímpio Alves dos Santos, e a participação dos presidentes dos presidentes do Clube de Engenharia, Márcio Ellery Girão Barroso; do Senge-PE, Mozart Bandeira Arnaud; e do Crea-RJ, Luiz Antonio Cosenza. Por videoconferência, o ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, pesquisador do Ineep, fez a palestra de encerramento do evento.

Integraram a mesa de debates o vice-presidente executivo do Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval), Sérgio Bacci, o secretário de Administração e Finanças da CNM-CUT e presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí-RJ (STIMENI), Edson Rocha, e José Maria Rangel, petroleiro, candidato a deputado federal, ex-coordenador da Federação Única dos Petroleiros (FUP).

LANÇAMENTO DA AGENDA DE DIRETRIZES PARA A RETOMADA DO SETOR NAVAL

No final do evento, as entidades participantes lançaram o Fórum Permanente para o Desenvolvimento do Setor Naval, reunindo os principais atores e entidades representativos do setor, e também apresentaram a “Agenda de diretrizes para a retomada do setor naval – Uma contribuição a desenvolvimento e à soberania nacional”, da qual o SENGE-RS é signatário. O documento, ainda em formulação, visa apresentar as diretrizes para a retomada da indústria naval.

Por meio destas iniciativas, o objetivo das entidades é buscar o compromisso dos próximos governos com a formulação e implementação de políticas públicas que deem respostas à agenda, uma vez que o Brasil já deu mostras de sua capacidade de ter uma indústria naval competitiva e pujante.

Assinam a agenda e compõem o Fórum permanente para o desenvolvimento do setor naval nacional as seguintes entidades:

Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio Grande do Sul – SENGE-RS

Clube de Engenharia

Confederação dos Trabalhadores Técnicos e Universitários – CONFETU

Confederação Nacional dos Metalúrgicos – CNM/CUT

Federação Interestadual de Sindicatos de Engenheiros – FISENGE

Federação Nacional dos Arquitetos e Urbanistas – FNA

Federação Nacional dos Engenheiros – FNE

Federação Única dos Petroleiros – FUP

Sindicato da Construção Naval do Pará – SINCONAPA

Sindicato dos Engenheiros no Estado de Pernambuco – SENGE-PE

Sindicato dos Engenheiros no Estado do Rio de Janeiro – SENGE-RJ

Sindicato dos Metalúrgicos de Angra dos Reis

Sindicato dos Metalúrgicos de Niterói e Itaboraí – STIMMMENI

Sindicato dos Metalúrgicos do Rio de Janeiro – Sindimetal-RJ

Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Metalúrgicas e de Material Elétrico de Rio

Grande e São José do Norte – STIMMMERG

Sindicato dos Trabalhadores Metalúrgicos de Pernambuco – SindMetal-PE

Sindicato Nacional da Indústria da Construção Naval e Offshore – SINAVAL

ASSISTA: Seminário realizado no Clube de Engenharia, no Rio de Janeiro:

Veja também: etapa realizada no SENGE-RS, em Porto Alegre: