Por Vanessa Canciam
ALRS

Na sexta-feira (27), o Grupo Executivo de Acompanhamento de Debates (GEAD) sobre Ações Ambientais do Fórum Democrático discutiu o Bioma Pampa em reunião realizada no Espaço da Convergência da Assembleia Legislativa.

“Precisamos saber em que condições o Bioma Pampa está no Rio Grande do Sul e o que podemos fazer para traçar diretrizes de médio e longo prazo”, afirmou o coordenador dos trabalhos do grupo, Lélio Falcão, sobre a importância do tema.

Representantes da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e da Secretaria Extraordinária da Irrigação e Usos Múltiplos da Água trouxeram contribuições ao debate. “A Secretaria da Irrigação nos trouxe informações interessantes para um levantamento que estamos fazendo dos diversos projetos e ações desenvolvidos, principalmente, pelo governo do Estado, quanto a projetos de açudes e barragens, na área do Bioma Pampa. Já a Secretaria Estadual do Meio Ambiente tratou da questão das áreas florestais, de proteção ambiental e das diversas reservas existentes no bioma”, afirmou Falcão.

Também presente na reunião, a engenheira agrônoma e pesquisadora da Fepagro, Zélia Castilhos, falou sobre o avanço danoso do capim anoni em áreas do bioma. “Trata-se de uma planta extremamente agressiva: ela reduz e domina as áreas de campo nativo, reduzindo a diversidade florística. Eu considero a maior ameaça atual ao Bioma Pampa. Nós já temos 20% da área de campo nativo do Estado com capim anoni, o que representa em torno de 2 milhões de hectares”, explicou a engenheira agrônoma. Zélia também enfatizou que, a partir das pesquisas da Fepagro, foi aprovada uma lei estadual no ano passado que cria um programa de controle da disseminação dessa espécie de capim nos campos do Rio Grande do Sul.

O SENGE esteve representado pelo seu vice-presidente Valery Nunes Pugatch. Também estiveram presentes representantes da Força Verde, da Força Sindical, da Famurs, da prefeitura de Canoas, da UFPel, da Comissão de Saúde e Meio Ambiente da Casa, entre outros.