14/01/13
Por Alexandre Matos/Agência Fiocruz de Notícias
A nanotecnologia como um todo deve revolucionar os parâmetros da ciência, principalmente na área da saúde. Diante dessa realidade, o Instituto de Tecnologia em Fármacos (Farmanguinhos/Fiocruz) aposta em dois estudos nesse campo, a fim de tratar doenças que afligem milhões de pessoas em todo o mundo: esquistossomose e Aids, demonstrando mais uma vez sua vocação para a inovação.
O físico Flávio Plentz, à frente da Coordenação de Micro e Nanotecnologias do Ministério da Ciência e Tecnologia, traça potenciais econômicos para o setor. "Tecidos sem cheiro para fazer roupa de cama, vestimentas para hospitais, bactericida para empresas de tapete…". Tudo seria possível com a manipulação em laboratório de nanopartículas. Uma das pesquisas realizadas em Farmanguinhos é sobre uma nova formulação para o Praziquantel (PZQ), medicamento indicado para o tratamento da esquistossomose. Popularmente conhecida como barriga-d’água, é uma das principais doenças negligenciadas – afeta cerca 200 milhões de pessoas em todo o mundo e 8 milhões no Brasil.
Protegido numa cápsula microscópica, o PZQ atravessa ileso o ácido do estômago e o fígado. Já na corrente sanguínea, ele encontra o local onde deve agir, quando então uma pequena molécula entra em ação e abre a cápsula, lançando um bombardeio certeiro contra o exército de parasitas que ocupa o organismo do paciente. Uma espécie de míssil farmacêutico teleguiado. O medicamento será fabricado na nova planta de nanopolímeros da Coppe/UFRJ, inaugurada em outubro. Resultado de um investimento de R$ 11 milhões, a Planta Piloto de Polímeros ocupa uma área de 740 m2 no Laboratório de Engenharia de Polimerização da Coppe. A instalação é a primeira do país capaz de produzir micro e nanopartículas com aplicações nas áreas médica, biotecnológica e farmacêutica. Outra pesquisa de Farmanguinhos com o uso de nanotecnologia está voltada para o tratamento da Aids. Trata-se do desenvolvimento de um antirretroviral. Apesar de estar ainda em fase embrionária, o estudo tem apresentado resultados promissores.
Enquanto a microrrobótica ainda é invisível no Brasil, com iniciativas isoladas e investimentos pulverizados, a nanotecnologia como um todo entrou no radar do governo. O Ministério da Ciência e Tecnologia aumentará em 20 vezes o orçamento para esse campo em 2013: R$ 101 milhões. Além disso, formou-se um comitê de dez ministérios para avaliar novas políticas de incentivo. O ministério deve anunciar ainda quais laboratórios receberão verbas federais, dentro de um programa chamado SisNano. Uma contrapartida: os beneficiados devem disponibilizar 15% de seu tempo para usuários externos, como empresas. "Para que ganhem maior robustez", afirma o físico Plentz.
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