Objeto de intenso debate e muitos questionamentos, o Muro da Mauá foi erguido como proteção a danos como os causados pela enchente de 1941 e hoje representa parte de um sistema composto por diques que iniciam na divisa com Cachoeirinha e Gravataí, incluindo a própria Freeway, e que seguem em direção do Centro Histórico de Porto Alegre pela Avenida Castelo Branco. Após o cais do porto, segue ainda pelas avenidas Beira-rio e Diário de Notícias.
Remover o muro seria como romper um elo dessa corrente, deixando a cidade absolutamente vulnerável a inundações. A solução para essa questão passa, inicialmente, pela Engenharia a partir de projetos que priorizem a segurança, e não a mera especulação e uso político que envolve a ideia de demolição.
O assunto será tema de um workshop gratuito no dia 14 de abril, das 14h às 17h, com transmissão pelos canais do SENGE no Facebook e Youtube.
Confira entrevista com o engenheiro e presidente do Comitê Lago Guaíba, Valery Pugatch, coordenador do Conselho Técnico Consultivo do SENGE:
Engenheiro Pugatch, sabemos que o Muro da Mauá não pode ser simplesmente removido sem que seja ali instalado um projeto que dê continuidade à proteção contra cheias que ele garante. Manter o muro é tecnicamente a melhor solução ou apenas uma solução de economia?
Na Engenharia, temos sempre mais de uma solução para as questões que se apresentam. É tudo uma questão de valores, de custo. As soluções que nós vamos implantar dependem do custo que elas têm. Atualmente, o muro da Mauá é a solução mais viável e mais econômica, até porque já está lá, mas não descartamos nenhuma outra. É possível que haja uma solução melhor visualmente e que atenda as necessidades de proteção da cidade contra as inundações.
Na eventualidade de ocorrerem em 2021 um volume de chuvas como as de 1941, quais seriam as partes alagadas da Capital se o muro simplesmente vier abaixo?
Esse será um dos temas abordados no workshop que realizaremos no dia 14 de abril, com um especialista destacado neste assunto.
No passado, o muro já foi tratado por “Muro da Vergonha”. Hoje há claramente um embate entre cultura e engenharia, temperado por um considerável aproveitamento político. Qual a chance de estabelecermos em curto prazo um necessário equilíbrio?
Acredito que é possível encontrarmos um equilíbrio em uma data muito próxima. Todos nós temos o mesmo interesse de manter a Capital protegida das grandes inundações, aliado a questão do aspecto paisagístico. Essas questões podem ser tratadas ao mesmo tempo e esse é o nosso objetivo ao promover o workshop que discutirá o Muro da Mauá e os desafios da integração com a cidade.
A integração do Cais Mauá ao Centro Histórico é uma prioridade, ou o acesso ao Guaíba pelos projetos da orla já é uma realidade?
Nós temos uma realidade vigente na nossa cidade, que é a implantação da Orla Moacyr Scliar desde o Gasômetro até o Estádio Beira Rio. Essa nova orla é uma conquista da população, permitindo o seu acesso ao lago Guaíba. Mas ainda é possível ter um acesso maior através do Cais Mauá, que ainda não foi integrado apesar de todos os projetos já realizados até hoje para o aproveitamento da área. Um dos nossos objetivos é esse, integrar o Cais Mauá para uso da população.
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Marcas de Quem Decide é uma pesquisa realizada há 25 anos pelo Jornal do Comércio, medindo “lembrança” e “preferência” em diversos setores da economia.
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