O SENGE esteve representado por seu vice-presidente, José Luiz Azambuja e por seu diretor administrativo adjunto Nelso Volcan Portelinha. Também presente ao encontro o diretor de cooperativismo da SDR Lino Ivânio Hamann que é membro do Conselho Fiscal do Sindicato.

O objetivo da audiência foi colocar o secretário a par da situação que envolve a execução da sentença transitada em julgado da chamada “ação 135”, onde o Judiciário reafirmou em todas as instâncias a sentença obtida pelo Sindicato, determinando o cumprimento da Lei 4.950-A/66, objeto de acordo com a empresa em 1999 que, posteriormente, a partir do ano 2000, foi descumprido pela EMATER, e que obrigou o SENGE a recorrer novamente à Justiça para restabelecer aquilo que havia sido decidido. Os dirigentes reafirmaram ao secretário a postura que o Sindicato sempre manteve em relação a este tema, de buscar a solução pelo diálogo, em todas as gestões que se sucederam ao longo dos anos, esforço este que não obteve sucesso.

Destacaram ainda que o SENGE tem sido e continuará sendo parceiro do governo para fortalecimento da EMATER, relembrando o recente esforço de participação e de mobilização em todas as audiências públicas realizadas pela Assembleia Legislativa no interior do Estado e depois, junto à Comissão de Finanças, para aprovação de um orçamento compatível com a manutenção e expansão dos serviços de ATER no RS, esforço que resultou infrutífero devido à posição do governo que fechou questão pela não alteração do orçamento proposto.

Por fim, ratificaram ao secretário que, para haver diálogo, é preciso uma proposta concreta por parte da diretoria da empresa para estancar o passivo que continua sendo gerado e saldar o existente e apelaram para que haja sensibilidade por parte dos gestores para com os profissionais que estão na ação, alguns já falecidos, outros desligados e muitos em situação de dificuldades financeiras, que aguardam há 13 longos anos a solução de uma questão que já estava solucionada! São profissionais que dedicaram praticamente a vida toda e, alguns ainda continuam trabalhando com afinco para que a assistência técnica e extensão rural oficial fosse reconhecida e continue sendo importante apoio para o desenvolvimento das famílias assistidas.

O trabalho destes profissionais e das equipes da EMATER contribui para a geração de riquezas para o Estado que, mesmo com a industrialização, continua com grande dependência do setor agropecuário.

O secretário Minetto afirmou que acredita, apesar das dificuldades financeiras, ser possível e desejável resolver a situação através do diálogo e se comprometeu em conversar com a Diretoria da EMATER nos próximos dias para avaliar a possibilidade de encaminhamento ao SENGE de uma proposta para análise. Destacou a importância do trabalho da EMATER que precisa do conjunto dos seus trabalhadores para desenvolver as ações necessárias e que a sociedade espera da empresa.

Neste particular, os dirigentes do SENGE se colocaram à disposição para ajudar no debate sobre as políticas públicas para o meio rural gaúcho, lembrando que o Sindicato já disponibilizou, no início da atual gestão, o documento “O Futuro da ATER Pública no RS” onde sintetiza proposta para reorganização e reestruturação da EMATER, principal braço executor destas políticas. Os diretores do SENGE ainda colocaram à disposição do secretário, reiterando o que já havia sido feito com a Diretoria da EMATER, a possibilidade de desenvolver cursos de qualificação para o corpo técnico, atividade que vem sendo feita com muito sucesso junto à CORSAN.