O vice-presidente do SENGE José Luiz Azambuja e os profissionais da Prefeitura de Canoas manifestaram a insatisfação da categoria na audiência pública realizada nesta segunda-feira (17) na Câmara de Vereadores em relação aos projetos de lei nº 38/2014 e nº 39/2014, de autoria do Executivo, que tratam do regime de subsídios como sistema de opção remuneratória aos servidores da administração municipal.

Servidores de quase a totalidade das categorias também demonstraram sua inconformidade ao secretário Fabio Canas, que representou a Prefeitura na audiência pública, e com a forma como o processo está sendo conduzido ao apresentar a opção de migração para os novos planos que trarão perdas remuneratórias a todos. Além disso, a proposta não apresenta incentivo às carreiras, conforme ressaltou o vice-presidente do Sindicato em sua manifestação, alertando para o fato de que um engenheiro que ingressar na Prefeitura deverá receber, em 35 anos, remuneração equivalente a um advogado em início de carreira. Azambuja reiterou a necessidade de revisão destes parâmetros utilizados para definir diferenças nas carreiras dos servidores baseadas em critérios que não correspondem à realidade do trabalho desenvolvido no cotidiano da Prefeitura. No caso dos engenheiros e arquitetos, especificamente, a Prefeitura não reconhece o papel fundamental destes profissionais para o desenvolvimento do município, que atuam na liberação de novos empreendimentos, obras e serviços responsáveis pela arrecadação de tributos e que estão diretamente ligados à qualidade e bem estar do cidadão.

Diante da insatisfação demonstrada por todas as categorias, e pela forma confusa com que o secretário Canas tentou justificar o novo sistema e a possibilidade de futuros projetos relativos a gratificações específicas, o engenheiro Azambuja fez um apelo aos vereadores para que os projetos de lei 38 e 39 não sejam aprovados até que a Prefeitura tenha condições de apresentar a integralidade do seu plano de ação em relação às remunerações e carreiras dos servidores.