O SENGE esteve presente na abertura do 20º Encontro Estadual da Associação dos Aposentados e Aposentadas da ASCAR/EMATER (ASAPAS), realizado em Vila Flores (RS), na segunda-feira (7).

Além de promover o encontro e a confraternização entre o grupo de extensionistas aposentados, entre eles engenheiros da EMATER, o tradicional evento da ASAPAS também tem como objetivos promover o debate e encaminhamentos de assuntos de interesse, como questões referentes a saúde e aposentadoria, e que dependem de uma empresa forte, com orçamento compatível e capacidade de manter as obrigações referentes à FAPERS (Fundação de Previdência) e o FAS (Fundo Assistencial de Saúde), essenciais para esse público e suas famílias.

Em palestra realizada na abertura do Encontro, o vice-presidente do SENGE, José Luiz Azambuja, abordou questões que, do ponto de vista do Sindicato, merecem atenção e preocupação permanentes. Entre elas, a reorganização do serviço de Extensão Rural, principalmente no que diz respeito à necessidade de recomposição das equipes municipais, sem as quais é impossível prestar a assistência técnica e social que as famílias de agricultores precisam. “A EMATER/ASCAR vem sofrendo redução orçamentária ao longo do tempo, e o impacto imediato disso é a impossibilidade de realizar concursos e recompor as equipes municipais, além dos Regionais e Escritório Central”, disse Azambuja.

O vice-presidente destacou que o SENGE, juntamente com as demais entidades (SEMAPI, SINTARGS, SIMVET, ASAE, AERS e a própria ASAPAS) tem realizado um trabalho intenso junto à Assembleia Legislativa e ao Governo do Estado para reverter a tendência de enfraquecimento do serviço prestado pela EMATER aos agricultores familiares, pescadores artesanais, índios e quilombolas, entre outros públicos carentes.

Azambuja destacou ainda que a saúde financeira da EMATER/ASCAR é importante para a manutenção da FAPERS e o bom funcionamento do FAS, duas conquistas fundamentais para todos que estão na ativa e, principalmente, para os aposentados. Por fim, especificamente aos engenheiros, Azambuja informou sobre as negociações do SENGE-RS, em andamento, para que a empresa apresente proposta objetivando resolver o passivo trabalhista gerado a partir de decisão judicial determinando o pagamento do Salário Mínimo Profissional (Lei 4.954-A/66), que envolve hoje mais de 200 colegas, todos aposentados, e que já transitou em julgado desde 2015.