Na abertura do Seminário Estadual de ATER Pública, realizado no dia 21 de outubro, em Gramado, como parte do 26º Congresso Brasileiro de Agronomia (CBA), o presidente do Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul (SENGE-RS), engenheiro agrônomo José Luiz Bortoli Azambuja, apresentou aos participantes um estudo realizado por extensionistas e ex-diretores da EMATER-RS/ASCAR, que propõe melhorias no gerenciamento e aporte de recursos para a Assistência Técnica e Extensão Rural no Estado.

O documento, intitulado “O Futuro da ATER Pública no RS”, foi entregue aos mais de trezentos participantes do seminário em formato de livreto, para que as propostas pudessem ser revistas de forma criteriosa posteriormente. O estudo faz um balanço da ATER Pública no RS, relata o surgimento da ASCAR e da EMATER-RS, bem como os desafios que cada governo teve que enfrentar para manter o serviço aos pequenos agricultores gaúchos, até culminar no corte de recursos promovido pela gestão Yeda Crusius, que culminou na demissão de mais de 400 funcionários em 2007.

Ainda segundo o documento elaborado pelo SENGE-RS, o congelamento do orçamento destinado à EMATER-RS/ASCAR provocou um agravamento das dificuldades dos extensionistas e a impossibilidade de recompor o quadro funcional da EMATER-RS/ASCAR. “Não temos a pretensão de fazer um diagnóstico da ATER no RS. Entendam esta proposta como uma contribuição do SENGE-RS para encontrarmos uma solução que resulte no fortalecimento da ATER Pública no Estado”, ressaltou Azambuja.

Entre as justificativas apontadas por Azambuja para a elaboração do documento estão as peculiaridades da agricultura gaúcha, que possui características muito específicas em relação ao solo, à água, ao clima, ao ecossistema e ao ambiente socioeconômico em que vivem os produtores, cuja necessidade de constante atualização de conhecimento e tecnologia se faz necessária.

Como soluções, o presidente do SENGE-RS destacou a necessidade de desatrelar o serviço de ATER de políticas partidárias. Também sugeriu a criação de uma auditoria interna na EMATER-RS/ASCAR, que fiscalizasse as ações e o uso dos recursos da empresa em cada unidade; e a criação de um código de conduta, que oriente o quadro funcional.

Para ler o documento na íntegra, com o diagnóstico, as perspectivas e sugestões do SENGE-RS para o futuro da ATER Pública no RS, clique aqui.