Crescimento de 3,1% em 2024 é boa notícia que precisa se manter nos próximos anos, dentro da lógica do avanço tecnológico e da transição ecológica. Para tanto, também é necessária política monetária adequada, com redução da taxa de juros. Confira artigo do presidente da Federação Nacional dos Engenheiros, Murilo Pinheiro.
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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na quarta-feira (5/2) o resultado da produção industrial brasileira em 2024, que registrou crescimento de 3,1%. Conforme destacado pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, durante reunião do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), o resultado para a indústria de transformação foi ainda melhor, chegando aos 3,7%. Entre os setores em destaque, conforme ele, o automotivo e o de eletrodomésticos, que registrou aumento na produção de 23,8%.
Especialmente relevante é o dado relativo aos bens de capital, em que se teve expansão de 9,1%, apontando dinamismo essencial para o conjunto do setor e da economia. A variação foi positiva ainda para as demais categorias: bens de consumo duráveis (10,6%), bens intermediários (2,5%) e bens semi e não duráveis (2,4%).
O bom resultado, após anos de quedas acumuladas, pode finalmente sinalizar para um ciclo favorável, embora não recupere na totalidade o encolhimento precoce. Também conforme o IBGE, com essa apuração, o setor se posiciona 1,3% acima do patamar pré-pandemia (fevereiro de 2020). Contudo, segue 15,6% abaixo do nível recorde alcançado em maio de 2011.
Ou seja, há um longo caminho a ser percorrido, e a busca pelo desenvolvimento nacional precisa se dar com medidas assertivas. Isso deve ocorrer obviamente em relação à política industrial, sob a acertada tônica do programa Nova Indústria Brasil (NIB), que integra a pauta do avanço tecnológico, transformação digital e transição ecológica.
Tais premissas convergem com as propostas da Federação Nacional dos Engenheiros (FNE) elaboradas no âmbito do projeto “Cresce Brasil + Engenharia + Desenvolvimento”, especialmente a edição “Hora de avançar – Propostas para uma nação soberana, próspera e com justiça social”, e são o caminho correto para que o País dê o salto necessário, levando em conta a necessidade de garantir sustentabilidade e fazer frente à crise climática em curso.
Para além de tais medidas, é crucial que a política econômica e monetária acompanhe a dinâmica do crescimento e da distribuição de renda, colocando prioridade na geração de empregos de qualidade que elevem a renda média do trabalhador brasileiro. Nesse contexto, é essencial rever política de juros altos retomada pelo Banco Central que elevou a taxa Selic para 13,25% em janeiro último e pode minar a retomada.
É tempo de avançar, e precisamos nos engajar na luta pela construção de um país melhor para todos.
Murilo Pinheiro – Presidente da FNE
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