Ataque irracional dos Estados Unidos à soberania brasileira exige coesão das forças políticas e de toda a sociedade em defesa dos interesses do nosso país. É inadmissível a interferência estrangeira em assuntos internos cujo debate cabe exclusivamente a nós. Leia artigo do presidente da Federação Nacional dos Engenheiros, Murilo Pinheiro.
A carta enviada por Donald Trump ao Presidente Lula há uma semana – e devolvida pela diplomacia brasileira, tendo em vista seu tom e teor desrespeitoso – chegou como uma bomba com potencial de causar estrago na economia brasileira e nas condições de vida da população. Ainda mais grave, o anúncio da assombrosa sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros veio acompanhado de inadmissível tentativa de agressão à soberania nacional. Em resumo, na missiva, o mandatário estadunidense exigia que os poderes constituídos da República do Brasil se curvassem à sua vontade.
Quando menciona a balança comercial, o que deveria estar no centro dessa conversa, falseia a realidade, afirmando que as relações com o Brasil são desfavoráveis aos EUA. O fato é que na última década, o país norte-americano registrou repetidos superávits, que chegaram, dois anos atrás, a US$ 14 bilhões, conforme informou ao Jornal do Engenheiro Antonio Carlos Costa, superintendente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Na mesma entrevista, o especialista em comércio exterior apontou a gravidade das medidas anunciadas por Trump em abril último. Essas jogaram por terra o pacto feito no pós-guerra para regular o comércio internacional, ao menos em tese, de maneira minimamente justa. Ao definir suas próprias regras e tratar países de forma diferenciada, os Estados Unidos abandonam os compromissos globais e a racionalidade econômica.
No ataque desferido agora contra o Brasil, isso se torna ainda mais escandaloso. Nosso país vive há anos polarização política e ideológica, lamentavelmente não superada. Ainda que fosse desejável que o cenário fosse outro, cabe exclusivamente aos cidadãos brasileiros resolver entre si as disputas existentes. Forças estrangeiras não têm voz nas questões internas, muito menos poder de definir o nosso destino.
Diante da situação colocada, cabe ao conjunto das forças políticas e à sociedade agir de forma coesa para defender os interesses brasileiros. À luz das regras diplomáticas e do comércio internacional, atuar para preservar o setor produtivo e os empregos, buscando soluções para mitigar os efeitos nefastos do protecionismo estadunidense “megalomaníaco e maligno”, como pontuou o Nobel de Economia, Paul Krugman.
Isso deve ser feito com o sangue frio que situações desse tipo exigem, apesar na indignação que provocam, mas com altivez e sem abrir mão da soberania nacional. Um dia teremos a nação próspera e justa que os brasileiros almejam. Mesmo que alcançar esse objetivo esteja distante, percorreremos esse caminho de cabeça erguida, não como vassalos.
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