Nos últimos tempos emergiram narrativas na forma de axiomas de veracidade, que acabaram se tornando aforismos dominantes, que nos obrigam a propor que sejam ressignificados. Sobretudo pela sua relevância na sociedade e a influência que exercem sobre os ativos da era que vivemos.
De um lado, a sentença que “a proteção ao meio ambiente atrapalha o desenvolvimento econômico e social”, algo que já parecia há tempos superado. Mas mesmo que exemplo possa parecer reducionista, não o é, uma vez que se teve um ministro de Estado sugerindo em meio a tragédia pandêmica, “que se deveria aproveitar o momento para passar a boiada”. Numa nítida referência às alterações nas legislações ambientais e nas políticas para o desenvolvimento sustentável, evidenciando um cinismo irresponsável.
É inacreditável que isto possa ainda ocorrer, mesmo quando países do mundo se reúnem na COP 27, reconhecendo que mudanças climáticas impactam negativamente regiões e setores e, se não forem tomadas medidas para interditar tal situação, ela irá se tornar irremediável.
De outro lado, criou-se um certo fetiche que “inovação é tema da indústria”, revelando uma grande simplificação e um enorme reducionismo conceitual sobre o tema. Por mais que se seja defensor de uma política industrial para o país, teremos que ter critérios e coerência.
Uma visão moderna, atual e universal da questão, tem que entender a inovação como fundamental à indústria, à educação, à saúde, ao agronegócio, à agricultura familiar, ao meio ambiente, ao comércio, à segurança, enfim, à sociedade. Percebendo-a como atuante nos espaços territoriais de forma abrangente e permanente, com ecossistemas sustentáveis e inovativos de criação e de trocas interrelacionais, capazes de dar rumo à sociedade.
Os tempos atuais exigem uma visão de desenvolvimento humano, suportada por uma formulação que tenha por base a procedência sustentável e inovativa de tudo que nos rodeia, atuando de forma transversal e transformacional. À altura das exigências da era da sociedade do conhecimento, onde o saber e o domínio dos ativos sustentáveis, intangíveis e inovativos, são seus maiores valores, tendo como princípio e fim, a perpetuação humana e o convívio fraterno e igualitário.
Por: Adão Villaverde – Engº e Profº Gestão do Conhecimento e da Inovação – PUCRS
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