19/04/2017

AUDIÊNCIA PÚBICA FORTALECE MOBILIZAÇÃO EM DEFESA DO SETOR ENERGÉTICO DO ESTADO

Representando o Sindicato dos Engenheiros, estavam presentes o vice-presidente Luiz Alberto Schreiner e o diretor de Negociações Coletivas, Diego Oliz.

O deputado Ciro Simoni (PDT), presidente da frente em defesa da CEEE, deu início às manifestações. “Nós precisamos estar unidos. Reafirmo aqui o que disse no final de 2016. Esse projeto não será votado nesta Casa. Neste momento, o governo não tem votos suficientes nem no Colégio de Líderes para colocar a PEC 259 em votação. Dado esse cenário, só resta uma alternativa que é convocar o plebiscito para tentar privatizar as empresas. A pauta dessa audiência é debater como manter e intensificar a nossa mobilização e a conquista de apoios junto à sociedade civil. Devemos estar preparados para manter um debate permanente com a sociedade em todo o Estado”, salientou o parlamentar.

Concordando com o deputado Simoni em relação à continuidade e fortalecimento da mobilização em defesa das empresas públicas, a deputada Juliana Brizola (PDT) criticou a postura do governo Sartori de propor soluções para a crise a partir do sucateamento dos serviços, da desvalorização dos servidores e da entrega do patrimônio público à iniciativa privada. “Hoje o que parece? Que o grande problema do país é o setor público, que gasta o dinheiro. Então, eu não entendo. Se o grande problema é o setor público, se o que é público é ruim, então por que o privado está de olho?”, questionou a parlamentar que preside a frente em defesa da Sulgás. “Além disso, o governo quer vender, mas está rebaixando o valor das empresas dizendo que elas estão quebradas. Qual é a lógica disso? Se essas empresas dão prejuízo por que o setor privado quer comprá-las? Precisamos lembrar que onde a energia foi privatizada, ela é cara e o serviço é ruim. Quem é que nos garante que os chineses não vão fazer como a Odebrecht fez com a água em Uruguaiana? Os propósitos são escusos e não são transparentes”, disse ainda a deputada.

Seguindo as manifestações, o deputado Luiz Augusto Lara (PTB) voltou a criticar o projeto de ajuste fiscal apresentado pelo governo Sartori e as contrapartidas exigidas pelo governo federal para socorrer os estados endividados. “Se é verdade a desculpa do governo de que tem que vender a CEEE, a CRM, a Sulgás, o Banrisul e a CORSAN, para pagar uma dívida que já está paga, este projeto que está em andamento, maldosamente chamado de “socorro aos estados”, irá fazer com que esse governo promova o maior endividamento que qualquer governador já fez em toda a história do Rio Grande do Sul. Uma dívida que vai saltar de 57 para 87 bilhões de reais em um canetaço” afirmou Lara, presidente da frente parlamentar em defesa da CRM. “O pano de fundo de tudo isso não é o ajuste fiscal, é a corrupção. Ou alguém tem dúvida que não sai a CPI dos benefícios fiscais porque embaixo desse tapete tem muita sujeira? Ou alguém tem dúvida que a venda da CRM, da CEEE e da Sulgás é para que muitos integrantes do governo possam ali na frente serem consultores associados e diretores das empresas que serão privatizadas?”, questionou o parlamentar.  

A audiência pública também contou com a manifestação do presidente da Assembleia Legislativa, Edegar Pretto (PT), que defendeu uma ampla mobilização social em torno do tema e garantiu que a Assembleia está de portas abertas para esse debate. “Estou comprometido em dar o meu voto contrário a esta PEC 259, porque eu acho que não é o caminho um governo se desfazer do que os gaúchos levaram anos para construir. Que bom negócio é esse? Que um governo vai negociar uma dívida de 47 bilhões, mas que vai aumentar os juros estrondosamente, e se compromete a entregar o setor energético do Estado, a não fazer concursos públicos, a não dar aumento e se coloca de joelhos perante a União? Esse negócio não é bom aqui e não é bom em lugar nenhum”, disse Pretto. O parlamentar ainda manifestou posição contrária às Reformas da Previdência e Trabalhista, em tramitação no Congresso. “Nós não podemos entrar para a história como uma geração covarde que não lutou quando o nosso país mais precisou. Nós não temos o direito de cruzar os braços e fazer de conta que nada está acontecendo. Isso é cinismo, é cretinice”, afirmou.

Além dos parlamentares coordenadores das frentes, também participaram da audiência pública os deputados Zé Nunes (PT), Miriam Marroni (PT), Regina Becker (Rede), Liziane Bayer (PSB) e Pedro Ruas (PSOL).

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