Editorial Zero Hora 10/01/2010
O Rio Grande do Sul, que ainda calcula o abalo gerado pelas cheias em sua já depauperada infraestrutura e se prepara para enfrentar demandas surgidas com a Copa do Mundo de 2014, precisa intensificar mobilizações da sociedade civil na luta pelo cumprimento de metas de longo prazo.
É o caso, entre tantos outros, do movimento de âmbito nacional Todos pela Educação, voltado para a busca de um ensino de qualidade e, no Estado, de iniciativas como a Agenda 2020, uma ferramenta cujo objetivo é garantir “O Rio Grande que Queremos” até o final da década.
Assim como as metas, os prazos fixados há quatro anos se encurtam, exigindo maior intensidade na mobilização, para que o Estado possa pelo menos avançar um pouco mais nesse aspecto, disseminando a cultura do planejamento, hoje ainda incipiente.
Como define o presidente da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs), Paulo Fernandes Tigre, uma das entidades engajadas na causa, o objetivo é garantir caminhos para o futuro.
A estratégia é buscar uma cultura do pensamento de longo prazo, que permita ao Estado pensar no mínimo além do horizonte de uma administração, evitando que a cada troca de governo tudo fique parecendo ter que começar de novo, da estaca zero e sem horizontes definidos pela frente.
É o caso, de maneira geral, de áreas de responsabilidade direta do poder público, e que não podem ser descontinuadas, como saúde e segurança, mas também dos preocupantes gargalos da infraestrutura.
É o caso, particularmente, de uma atividade como a educacional, da qual o Estado não pode se descuidar ao definir qualquer saída de médio e longo prazos.
A hora é agora de o Rio Grande enfrentar carências em áreas que vão do ensino à logística, se quiser garantir lugar num país interessado em figurar entre os grandes.
No caso da infraestrutura, os desafios são velhos conhecidos dos gaúchos: além da situação crítica em rodovias, pontes e viadutos, há as limitações do porto de Rio Grande, a demora na ampliação da pista do aeroporto Salgado Filho e o tímido aproveitamento das hidrovias, por exemplo.
Da mesma forma, parte da população sabe que estas questões precisam ser enfrentadas, e logo, para o Estado se posicionar melhor no aspecto competitividade.
A questão é que não basta conhecer os problemas e as consequências provocadas por eles – é preciso impedir que persistam por falta de ações efetivas.
Se os governantes não têm como enfrentá-los num horizonte de quatro ou oito anos como ocorre em caso de reeleição, iniciativas como a união de universidades, entidades de classe, associações, políticos e personalidades em torno da Agenda 2020 mostram-se ainda mais relevantes.
Uma visão de longo prazo sobre as deficiências de infraestrutura é o primeiro passo para o Estado evitar a repetição de situações como as agravadas pela intempérie e se preparar para incorporar megaeventos às suas rotinas, se demonstrar eficiência na Copa de 2014.
Aproveite os descontos e promoções exclusivas para sócios do SENGE na compra de equipamentos, periféricos e serviços da DELL Technologies.
Uma entidade forte, protagonista de uma jornada de inúmeras lutas e conquistas. Faça o download do livro e conheça essa história!
Quer ter acesso a cursos pensados para profissionais da Engenharia com super descontos? Preencha seus dados a seguir para que possa entrar em contato com você:
Para realizar a sua inscrição, ao preencher o formulário a seguir, escolha o seu perfil:
Informe o seu e-mail para receber atualizações sobre nossos cursos e eventos:
Ao fornecer seu dados você concorda com a nossa política de privacidade e a maneira como eles serão tratados. Para consulta clique aqui
Se você tem interesse de se associar ao SENGE ou gostaria de mais informações sobre os benefícios da associação, preencha seus dados a seguir para que possa entrar em contato com você:
Ao fornecer seu dados você concorda com a nossa política de privacidade e a maneira como eles serão tratados. Para consulta clique aqui
Para completar sua solicitação, confira seus dados nos campos abaixo: