A experiência do SENGE-RS demonstra que a Comunicação exercida dentro das melhores práticas profissionais fortalece o movimento sindical como um todo, sendo essencial para uma entidade que busca representar públicos muitas vezes heterogêneos, como os profissionais de Engenharia de diversas categorias.

Longe de ser uma tendência nova, no SENGE-RS, esse esforço teve início há aproximadamente 15 anos, por meio de um projeto liderado pelo jornalista Silvio Mezzari (63), profissional que agora se desliga da equipe do Sindicato para se dedicar a projetos pessoais e familiares “na fila há muito tempo”, como enfatizou quando da sua saída no início de janeiro. Leva consigo a avaliação positiva e unânime quanto ao seu perfil pessoal e profissional, mas acima de tudo, o reconhecimento quanto aos significativos resultados do seu trabalho como gerente de Comunicação do Sindicato desde 2009.

Com mais de 40 anos de carreira, incluindo passagem pelas principais agências de propaganda do estado, onde atuou nas áreas de planejamento e atendimento, e após coordenar a Comunicação do Sindicato Médico do RS (SIMERS), Mezzari trouxe ao SENGE a dinâmica comunicacional imprescindível às organizações já naquela época.

Após os primeiros passos na Gestão 2008-2010, o Planejamento Estratégico identificou a Comunicação como uma importante lacuna a ser enfrentada com vistas à atualização, crescimento e sustentabilidade econômico-financeira da instituição.

Em apoio às sucessivas gestões, Silvio Mezzari impôs um ritmo profissional ao trabalho, desde a formatação inicial da área de Comunicação (inexistente até então), à realização de pesquisas, escolha de agência de publicidade, dos consultores, da consolidação do slogan “Nosso Maior Projeto é Você”, da ampliação do número de sócios e da entrada do SENGE no universo online.

Para o presidente do Sindicato, Cezar Henrique Ferreira, com a sua saída, “Silvio Mezzari deixa um legado de inestimáveis e relevantes resultados alcançados a partir da sua atuação e sua liderança”. Já o vice-presidente José Azambuja, lembra que “não há dúvida que tínhamos um sindicato forte, mas que agora temos uma entidade ainda mais sólida, gigante, representativa e protagonista graças, em grande parte, aos investimentos realizados e aos esforços da equipe de Comunicação”.

A equipe de Comunicação do SENGE elaborou uma breve entrevista com Silvio Mezzari. Confira abaixo:

SENGE-RS: Seu currículo revela uma diversidade constante de atuação profissional. Como e por que você veio parar no SENGE?

Silvio Mezzari: Começando pelo fim: o que me qualificou bastante ao longo da minha carreira foi exatamente a flexibilidade e minha capacidade de adaptação aos desafios profissionais e pessoais. Lá no início, ser um generalista soava como um fator limitante aos currículos e às pretensões de ascensão de carreira. Eu nem imaginava que esta condição começava a ser decisiva e diferenciada, considerando as mudanças sociais e tecnológicas que aconteceram nos últimos 20 anos. Ter que me reinventar foi uma constante, tanto por necessidade como por vontade própria, como agora. Vim para o SENGE porque o projeto estava em aberto e percebi uma oportunidade diferenciada para a realização de um trabalho de valor. Olho para trás e gosto do que vejo.

SENGE-RS: Qual é o papel da Comunicação no Sindicato?

Silvio Mezzari: No SENGE ou em qualquer outra organização, a Comunicação deixou de ser uma atividade decorativa, tipo “a cereja em cima do bolo”. Tornou-se um recurso decisivo, tanto quanto a sustentabilidade financeira, a qualificação do quadro diretivo e dos funcionários e a qualidade dos serviços prestados aos diversos públicos de relacionamento. Em uma entidade tão heterogênea como o Sindicato dos Engenheiros, a Comunicação entra como um elemento norteador e ao mesmo tempo, aglutinador, para contribuir diretamente para a captação de novos sócios e para consolidação da reputação e imagem institucional. E isso não se faz do dia para a noite. Isso não se faz sozinho. Isso exige convergência. O SENGE descobriu isso a tempo de se preparar para um futuro repleto de incertezas, de transformações, de ameaças à atividade sindical. Por isso, hoje ocupa uma posição de destaque, de relevância e de protagonismo. Era isso que queríamos em 2009. Esta trajetória confirma que tudo se transforma e que podemos acelerar este processo.

SENGE-RS: Quais foram as inovações incorporadas à Comunicação do SENGE-RS?

Silvio Mezzari: Em primeiro lugar, quando se fala em inovação, a ideia é que são coisas de atualização que vêm de fora para dentro. Isso pode acontecer internamente, como a valorização das técnicas de comunicação. Aplicar essas técnicas para entidades do porte e formato do Sindicato dos Engenheiros já é uma grande inovação. Outras entidades seguiram esse caminho, com diferentes graus de sucesso, comprometendo a imagem e a reputação.

Considerando o momento histórico do fim da primeira década do século 21 e a velocidade das transformações nas comunicações, a atualização é constante. Um exemplo é o uso das redes sociais, embora universal, ainda apresenta desafios para otimização. Isso não é uma questão exclusiva do Sindicato, mas afeta todas as corporações.

Outro fator inovador é a utilização, na área de comunicação, de uma estrutura profissionalizada, com equipe própria e acréscimo de trabalho de consultorias e especialistas. Isso reflete uma postura mais alinhada da entidade à necessidade de comunicação permanente.

SENGE-RS: Quais desafios específicos você identifica na comunicação de sindicatos, considerando o contexto atual?

Silvio Mezzari: Quanto aos desafios da comunicação de uma entidade sindical, isso vale para todos os sindicatos. Esses desafios estão em superar e entender a diversidade dos públicos e seus interesses em relação à entidade. É a percepção que fazem desses benefícios, serviços e defesa da entidade. Dada a heterogeneidade do quadro social, é um grande desafio evitar uma comunicação genérica.

Identificar esses públicos e trabalhar objetivamente no atendimento de suas expectativas é essencial. O movimento sindical no Brasil passa por superação, com dificuldades a partir da reforma trabalhista e da sustentabilidade financeira. Isso pode ser superado com esforços de comunicação responsável e profissional.

Lia Martinazzo, Mara Bianchini e Janete Colombo, acompanhadas pela profissional de RP, Suzana Goerck, foram recebidas pelo presidente Cezar Henrique Ferreira, pelos diretores Nelso Portelinha e Dulphe Pinheiro Machado Neto, e pelo gerente de Comunicação do SENGE, jornalista Silvio Mezzari.

Em visita à sede do Grupo RBS, o presidente Cezar Henrique Ferreira, os vices-presidentes José Azambuja e João Leal Vivian, os jornalistas de GZH e RBS TV Marta Sfredo, Rosane de Oliveira e Rodrigo Lopes, além da executiva comercial Marisa Rodrigues e Aniele Vieira, o presidente da agência Integrada, Fernando Silveira e o gerente de Comunicação do Sindicato, jornalista Silvio Mezzari