O Brasil desenvolveu ao longo dos anos, uma Engenharia Nacional de ponta, forte e que tem projetado e construído a infraestrutura do País, ajudou a crescer os empregos e a renda dos brasileiros. Acumulou tecnologia que a coloca em condições de competir com as melhores empresas de engenharia no mercado internacional.
Criou e desenvolveu tecnologias revolucionárias em várias frentes de processos produtivos, seja no campo, no chão das fábricas ou nas águas profundas dos oceanos.
A Engenharia Nacional é uma criadora e difusora de tecnologia, de investimentos e de produtividade que beneficiam toda a economia brasileira.
Ela é responsável por uma extensa cadeia produtiva e com o seu desenvolvimento tecnológico e fortalecimento tem sido capaz de gerar empregos e renda, o que significa resultados que aqui mesmo são investidos, desencadeando na economia nacional um amplo ciclo de desenvolvimento em outros setores produtivos e elevando o investimento no país aumentando o consumo e o crescimento da economia.
A Engenharia Brasileira, porém, encontra-se sob o ataque de alguns setores, que tentam facilitar a abertura a grupos estrangeiros do mercado de engenharia e construção civil no Brasil. Com o pretexto de moralizar e combater a corrupção, tentam impor políticas que são perversas e contrária aos interesses da Nação.
Evidencia o desconhecimento do funcionamento da economia brasileira, dos seus problemas e das suas dificuldades. Quem a ataca não leva em consideração a sua importância econômica e social em toda a teia produtiva e de desenvolvimento da nação brasileira e muito menos das condições de vida e trabalho do seu povo. Ao atacar a engenharia nacional está atingindo em cheio unidades produtivas que representaram até pouco tempo atrás 2/3 da receita líquida das 28 maiores empresas de engenharia e construção no País. Atingiu igualmente, a Odebrecht, o terceiro maior grupo econômico industrial e o terceiro maior grupo econômico prestador de serviços, responsáveis por mais de 230 mil empregos em suas áreas de atuação, que nos últimos dois anos demitiu mais de 100 mil trabalhadores da área tecnológica, sendo um número bem expressivo de engenheiros e técnicos.
Não se trata apenas de empresas brasileiras de engenharia e construção, que como propalam os defensores da desnacionalização seriam facilmente substituídas por outras empresas nacionais ou internacionais.
Estas empresas de engenharia que antes só eram capazes de construção de obras de infraestrutura e graças ao esforço de seu corpo técnico desenvolveram novas tecnologias, ampliaram os seus portfólios e se transformaram em grandes conglomerados transnacionais que atuam em diferentes setores produtivos no Brasil e no exterior.
Disputam atualmente em pé de igualdade com outras empresas multinacionais do mesmo ramo, oportunidades e geram empregos e renda igualmente no mercado nacional e internacional. Estas empresas hoje atuam em setores e atividades estratégicas para a economia nacional, extingui-las sumariamente para dar lugar a empresas estrangeiras seria ferir de morte a soberania e arrancar milhões de empregos e sonhos de uma importante parcela de seus mais competentes trabalhadores, além de afundar em crise a economia nacional.
Abrir mão dessa indústria nacional implicaria, evidentemente, satisfazer a cobiça das altas finanças e das nações imperiais, voltadas para o monopólio das principais fontes de lucro e de poder em escala planetária.
Acabando com a Engenharia Nacional vem junto a desarticulação do sistema econômico que ataca diretamente a soberania nacional, pois transfere para o país um atraso que impedirá seus desenvolvimento econômico e social.
A crescente desnacionalização da Engenharia no país na figura das suas principais empresas produtiva tem levado a nossa Balança de Pagamento, a uma situação falimentar, vitimada por um déficit crescente nas contas de externas. Em 2014, só para exemplificar o movimento mais recente, a remessa de lucros e dividendos das multinacionais estrangeiras superaram R$ 80 bilhões, se somarmos o pagamento de juros ao capital estrangeiro esse montante supera largamente os R$ 100 bilhões anuais.
Os profissionais de engenharia tem como desafio urgente, a união em torno da defesa da engenharia nacional e dos seus profissionais e para isto terão que congregar as diversas entidades representativas, como sindicatos, associações de classe, o sistema CONFEA/CREA em um movimento de mobilização pela retomada do crescimento e valorização dos profissionais da engenharia, transformado o movimento em um remédio contra o desmonte da engenharia nacional, o desemprego em massa de engenheiros e técnicos e com isto ajudar o país a sair desta encruzilhada histórica em que se encontra.
Construir o Brasil, ainda é obra da engenharia nacional, o nosso desenvolvimento e soberania passa pelo fortalecimento e evolução da nossa engenharia, o desenvolvimento tecnológico trazido ao longo dos anos pela engenharia é sem sombra de dúvida um fator de integração e avanço social e econômico brasileiro.
Vamos juntos e unidos devolver o protagonismo aos profissionais e as empresas nacionais de engenharia.
Por uma engenharia forte, por um engenheiro valorizado e orgulhoso de sua profissão.
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