04/02/2011

Indústria puxa consumo de energia elétrica no País em 2010

Fonte: Resenha Mensal do Mercado / EPE

O Sudeste, em contrapartida à retração mais acentuada em 2009 (-9,6%), foi a região que mais expandiu o consumo industrial em 2010: 13,1%. Com forte presença de indústrias dos ramos extrativo-mineral e metalúrgico, em grande parte voltadas para exportação e, portanto, muito afetadas pela crise, Espírito Santo e Minas Gerais apresentaram crescimentos altos, de 32,6% e 18,2% respectivamente.

O Rio de Janeiro aparece com acréscimo da ordem de 16%, para o que contribuiu o início de operação de nova planta siderúrgica e o fornecimento temporário a indústria do mesmo ramo que normalmente se utiliza de geração própria.

Ao Sul, coube a segunda maior expansão em 2010, com taxa de 9,7%. O Rio Grande do Sul apontou crescimento de 12%, com a contribuição do restabelecimento das atividades do Polo Petroquímico de Triunfo que, no início de 2009, apresentou acentuada redução do consumo.
No Nordeste, o crescimento anual de 7% se deve, em grande parte, ao aumento do consumo do setor metalúrgico, especificamente do segmento de ferro-ligas.

Pernambuco, que tem vivido um período de forte crescimento econômico, muito relacionado com a ampliação das atividades industriais no Porto de Suape, se destaca com expansão de 12%.

No Norte, os destaques são Tocantins (33%) e Rondônia (23%), por conta de instalação de indústria de cimento e das obras das usinas hidrelétricas do Rio Madeira, respectivamente. O consumo residencial encerrou 2010 com aumento de 6,3%, mantendo o patamar de crescimento de 2009 (6,4%).

O consumo residencial encerrou 2010 com aumento de 6,3%, mantendo o patamar de crescimento de 2009 (6,4%). A evolução deste consumo nos últimos anos tem sido favorecida por um mercado de trabalho aquecido (taxa de desocupação em queda e aumento do emprego formal, da massa salarial e do rendimento médio) e pela oferta de crédito, que vem estimulando a aquisição de aparelhos eletrodomésticos com decorrente consumo adicional de
eletricidade. Segundo o IBGE, a taxa média de desocupação até novembro de 2010 foi de 6,9%, a menor da série histórica pesquisada. Já o emprego formal, de acordo com o Ministério do Trabalho, aumentou significativamente em 2010, com saldo de 2,52 milhões de novos postos de trabalho. Quanto ao crédito, o Banco Central informa que, de janeiro a outubro de 2010, foram destinados a pessoas físicas cerca de R$ 5,0 bilhões — quase 33% do total das operações de crédito do sistema financeiro.

A ampliação do consumo residencial é, pois, consequência do aumento do consumo médio no país, que passou de 150,1 para 153,9 kWh/mês de 2009 para 2010, e da base de consumidores conectados à rede — entre dezembro de 2009 e de 2010 foram realizadas 2,064 milhões de novas ligações. O aumento ocorreu em todas as regiões, com destaque para os resultados no Norte e no Nordeste, que registraram os maiores acréscimos tanto para o número de unidades quanto para o consumo médio. No Nordeste, este indicador superou, pela primeira vez desde o racionamento de 2001, o patamar de 100 kWh/mês.

Assim, os maiores aumentos do consumo residencial foram registrados no Norte (12,6%) e no Nordeste (12,0%), ocorrendo de forma vigorosa em todos os estados das duas regiões. As taxas se situaram entre 8,1% (Pernambuco) e 22,6% (Piauí), sendo que, no Norte, o crescimento sempre registrou taxas de dois dígitos.

O consumo comercial registrou 69.086 GWh em 2010, expandindo 5,9% frente a 2009. O aumento da renda e do crédito também funcionou como estímulo ao comércio e ao setor de serviços, e isso se deu de forma mais intensa no Norte e no Nordeste. Segundo o Banco Central, até outubro, cerca de R$ 1,5 bilhão foram direcionados ao comércio, equivalente a um aumento de quase 10% sobre 2009. Segundo o Ministério do Trabalho o emprego formal no comércio e serviços superou o saldo de 1,610 milhão de postos em 2010, absorvendo 64% do total de vagas criadas.

Observa-se, assim, um contínuo processo de instalação de estabelecimentos comerciais, em especial no Norte e no Nordeste, muitos de elevado padrão de consumo, como hipermercados e redes atacadistas. Verifica-se, também, expansão de vários segmentos de prestação de serviços, entre os quais o de educação, saúde e turismo.

Dessa forma, o Norte e o Nordeste são destaques, com taxas respectivas de 11,0% e 8,9% em relação a 2009. No Norte, Tocantins apresenta crescimento da ordem de 17%, fruto da instalação no estado de grandes redes de supermercado e de lojas de departamento.

Nos demais estados da região, as taxas se situam entre 9,0% (Roraima) e 13,3% (Amapá). No Nordeste, o aumento do consumo comercial também é disseminado, neste caso com as taxas variando de 5% (Sergipe) a 16,2% (Maranhão).

Acesse a íntegra da Resenha Mensal

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