Em meio à votação da Lei Orçamentária do Estado para 2022, o Sindicato dos Engenheiros reuniu em Assembleia Geral Extraordinária na manhã desta terça-feira (9) os profissionais da ASCAR/EMATER-RS, da Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) e das fundações estaduais FASE, FEPAM, METROPLAN e FGTAS.  

Na pauta, a mobilização da categoria pela abertura das negociações coletivas para a data-base 2021/2022 visando a recomposição dos salários e das equipes, bem como a melhoria das condições de trabalho, e a tramitação na Assembleia Legislativa da proposta orçamentária do governo do Estado para 2022.  

Segundo o presidente do SENGE-RS, Cezar Henrique Ferreira, os trabalhadores das fundações e EMATER acumulam perda de poder aquisitivo de 16% no acumulado, sendo que há quatro anos não há recomposição salarial. “Tendo em vista a inflação e a escalada dos preços, é necessário que o governo tenha sensibilidade e acelere as negociações coletivas conosco para recomposição das perdas. Queremos formar uma frente de entidades em defesa dos trabalhadores celetistas do estado do RS”, salienta o dirigente.   

A Lei Orçamentária precisa, legalmente, ser votada até 30 de novembro. O orçamento de 2022 prevê uma receita de R$ 50,1 bilhões. A PLOA prevê retomada de investimentos em valores 74% maiores do que previsto para 2021. 

Na sequência, os colegas se dirigiram até a sede da EMATER, à Rua Botafogo, e realizaram um abraço simbólico ao prédio em conjunto com os demais sindicatos representantes dos empregados da instituição e das fundações. Durante o ato, o vice-presidente do SENGE-RS, José Luiz Azambuja, falou sobre a importância da mobilização de todas as categorias em defesa do orçamento da Assistência Técnica e Extensão Rural no Estado. “Acabar com a EMATER significa enfraquecer a agricultura nesse Estado, que é quem garante o alimento na mesa de toda a população, principalmente os habitantes das cidades, e que garante também a arrecadação para o Estado do RS. Precisamos reverter essa situação e lutar para que esse orçamento seja fortalecido”, disse Azambuja.

O dirigente do Sindicato também salientou a urgência da recomposição dos quadros da EMATER e dos índices salariais, bem como dos celetistas do Estado. “Nossa mobilização aqui hoje tem dois aspectos fundamentais: o primeiro é o fortalecimento da EMATER, a recomposição das equipes de trabalho e a recomposição dos nossos índices salariais. O outro é em relação aos celetistas. Todos nós estamos na mesma luta, há 4 anos sem reajuste. O governo precisa prestar atenção neste segmento, essencial para o fortalecimento do Estado do RS. Esse abraço representa o nosso carinho por essa empresa, representa a nossa vontade de vê-la cada vez mais forte e atuante. Queremos somar esforços com a direção da EMATER e queremos dar a nossa contribuição”, explicou Azambuja.  

Ao final da manhã, todos rumaram à Praça da Matriz para mais um ato em frente ao Palácio Piratini, onde foi formalizado o lançamento de uma Frente em Defesa dos Trabalhadores Celetistas do Estado do RS.