Foram 40 anos de espera até que o Rio Grande do Sul recebesse novamente o Congresso Brasileiro de Agronomia (CBA), que ocorreu entre os dias 20 e 23 de outubro, em Gramado. Mas quando retornou, o evento, que está na 26ª edição, trouxe contribuições históricas para um dos setores mais produtivos do Brasil, que promete alavancar o País ao patamar de quinta maior economia do mundo nos próximos 40 anos.
A abertura do congresso, realizada no Centro de Convenções do Hotel Serrano, contou com a presença de diversas autoridades, entre elas a Governadora Yeda Crusius, que destacou a atividade como sendo a mais importante para a economia gaúcha. “Graças aos programas de irrigação, iremos registrar uma supersafra em 2010. Queremos aproveitar os benefícios desta conquista com todos vocês”, manifestou-se a governadora, que recebeu uma homenagem dos organizadores do evento.
Na composição da mesa de abertura, o presidente do Sindicato dos Engenheiros no Rio Grande do Sul, o engenheiro agrônomo José Luiz Bortoli Azambuja, lembrou que a função do CBA não era apenas de debater a produção de alimentos, energia ou as preocupações ambientais inerentes ao setor. Para ele, o momento é também de discutir as mazelas que ameaçam a profissão. “Temos que fortalecer a categoria não só com conhecimento e capacidade, mas resguardá-la das intenções de enfraquecimento que projetos de lei e mudanças curriculares nos apresentam. É preciso nos mobilizarmos e nos organizarmos para que nossa profissão continue a contribuir, como muito já contribui, para o desenvolvimento do Brasil”, reforçou Azambuja.
Na sequência, o presidente do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado, Luiz Alcides Capoani, defendeu uma nova normatização para os engenheiros agrônomos, que valorizasse o profissional e contribuísse para a melhoria dos modelos de gestão agrária do país. “É função da categoria minimizar os problemas do campo através do conhecimento, do ensino e da pesquisa, mas para isto continuar sendo feito precisamos cobrar comprometimento dos nossos parlamentares”, argumentou Capoani.
Numa visão mais macro-econômica, o presidente do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CONFEA), Marcos Túlio de Melo, apresentou os desafios do setor para os próximos 40 anos. “Estima-se que em 2050 o planeta terá 9 bilhões de pessoas. A produção mundial de alimentos terá que crescer 70% para suprir esta demanda. E as esperanças do mundo recaem sobre o Brasil, que se mostra o país com maior potencial de produção no momento”, destacou. Túlio de Melo também fez coro aos apelos do presidente do SENGE-RS. “O Azambuja nos provoca a nos organizarmos, e eu faço coro a ele, pois isto é fundamental para que estejamos a frente deste processo de engrandecimento do Brasil”, complementou.
O presidente da Sociedade de Agronomia do Rio Grande do Sul (SARGS) e coordenador regional do 26º CBA, Arcângelo Mondardo, projetou que o vitorioso modelo da agricultura brasileira não é eterno, e que novos modelos são necessários para que o país ocupe posição de liderança entre os grandes produtores mundiais. “Cabeças ingênuas propõem mudanças curriculares que podem ser catastróficas para o setor. Querem tirar as ciências exatas e a zootecnia das atribuições dos engenheiros agrônomos. Eles não sabem que estas áreas, juntamente com a fitotecnia, são auto-dependentes, precisam estar juntas para uma visão global”, assegurou Mondardo.
Sob uma perspectiva global, o Presidente da Associação Mundial dos Engenheiros Agrônomos, Carlos Pieta Filho, destacou que o Brasil pode solucionar muitos de seus problemas, entre eles os sociais, econômicos e ambientais, se estiver disposto a apostar na agronomia como setor prioritário. Segundo ele, a produção agrícola brasileira equivale a 28% do PIB (Produto Interno Bruto), ocupa 37% da mão de obra brasileira e é responsável por 40% das exportações do país. “O PIB agrícola sempre foi positivo. Se tivéssemos investido no campo há mais tempo, nunca teríamos os problemas das cidades. Devemos lembrar que a agricultura é a maior invenção da humanidade, tem função social e econômica, e por isto somos o passado, o presente e o futuro da nação”, finalizou Pieta Filho.
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