Foto: Guilherme Santos/Sul21

Organizado pelo coletivo ProsperArte, o encontro reuniu servidores das fundações listadas para extinção pelo governo Sartori, professores universitários, sindicalistas, intelectuais e artistas, que debateram o impacto que essas medidas irão acarretar ao Estado e possíveis alternativas.

Para o diretor do Sindicato, ao contrário do que muitos acreditam, o governo tem consciência do que está fazendo. “Essas fundações são a inteligência do Estado. E esse golpe está vindo de cima pra baixo. É na previdência, é na CLT, tudo com um único propósito: o propósito do negócio. O serviço dessas empresas será feito por empresas de fora do Estado, e depois por chineses. É isso que querem fazer”, resumiu Oliz, referindo-se à pesquisa e aos projetos desenvolvidos pelas fundações, e também à tentativa de privatização da CEEE, CRM e Sulgás, empresas que já estão no alvo de investidores estrangeiros. 

“Ficaremos de olho nessas contratações e tentaremos barrá-las, como já estamos fazendo em relação a concessão do aeroporto Salgado Filho”, disse o diretor, lembrando da Ação Civil Pública ajuizada pelo Sindicato apontando irregularidades nos estudos de viabilidade técnica do aeroporto. Encerrando sua manifestação, Oliz fez um chamado à mobilização das categorias para além das redes sociais. “Não adianta só ficar no Facebook. Precisamos sair às ruas, como fizemos em dezembro aqui na Praça da Matriz, só que em um número muito maior. Vamos lutar para preservar esse acervo”.

O Sindicato dos Engenheiros vem manifestando em diversas oportunidades seu repúdio ao pacotaço apresentado pelo Executivo, desprovido de embasamento técnico e diálogo com a sociedade, bem como a forma como o governador Sartori vem conduzindo as medidas de ajuste fiscal e administrativo, que representam um verdadeiro desmonte da máquina pública e que não garantirão a sustentabilidade financeira do Estado. Além de extinguir estruturas fundamentais à pesquisa e ao desenvolvimento, colocando fim a um valioso repertório técnico e científico à serviço do Estado e da qualidade de vida da população, o governo vem colocando a culpa da crise financeira nos ombros dos servidores, parcelando salários e penalizando aqueles que são responsáveis por serviços essenciais à sociedade.

Veja a cobertura do evento realizada pelo portal Sul21.

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