Foi realizado na manhã desta terça-feira (28),  no Auditório da Administração Central do Parque Assis Brasil, durante a 41ª Expointer, o Seminário de Queijos Artesanais. Representando o SENGE, o diretor Nelson Portelinha esteve presente no encontro, que teve ainda a presença da delegada sindical Bruna Bresolin, engenheira de alimentos no escritório central da EMATER e integrante da comissão organizadora.

Durante o seminário, os dados finais da pesquisa de caracterização dos queijos coloniais e os resultados das análises coletadas pelos serviços de inspeção estadual e federal estiveram entre os assuntos tratados, ampliando a discussão sobre a produção de queijos artesanais no RS.

Na abertura do evento, o diretor técnico da Emater/RS, Lino Moura, destacou o grande envolvimento da Instituição com a atividade, cuja assistência vai desde a produção de leite, pastagens, irrigação, redução de custos de produção, melhoria da qualidade do leite, até a capacitação em Boas Práticas de Fabricação. O diretor também frisou que a produção de queijos é uma alternativa importante para manter os produtores no meio rural e agregar valor nas propriedades. 

Também participaram do evento, o chefe de gabinete da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Osmar Redin, o delegado regional da Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Seadi), Márcio Madalena, e o representante do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Rodrigo Lopes, que receberam de Moura exemplares do livro "Queijo Artesanal Serrano – Identidade Cultural dos Campos de Cima da Serra". 

A programação do Seminário contou com a participação das pesquisadoras, Cristina Zaffari Grecelle e Fernanda Fabero Guedes, que apresentaram os dados sobre a pesquisa de resgate e regulamentação do queijo colonial gaúcho, trabalho que envolve várias entidades. Elas expuseram os resultados de análises físico-químicas e microbiológicas de mais de 300 amostras de queijos das agroindústrias familiares e da fabricação caseira nas diferentes mesorregiões, bem como a caracterização do produto e dos seus produtores e das atividades técnicas de treinamento realizadas nas regiões após as análises.

Em seguida, a fiscal estadual agropecuária da Seapi, Carina dos Santos, e a auditora fiscal do Mapa, Beatriz Kuchenbecker, apresentaram os resultados das análises de queijo colonial com registro, que são realizadas pelos Serviços de Inspeção Estadual (DIPOA) e Federal (SIF), respectivamente. 

O convênio do Queijo Serrano (Mapa, SDR e Emater/RS-Ascar), que visa à qualificação da cadeia produtiva do queijo artesanal serrano na região geográfica produtora, foi apresentado pela fiscal da SDR, Maluza Feltrin. O convênio, que iniciou em 2016 e se estende até 2019, vai contar com um montante de quase R$ 800 mil, destinado a atividades como capacitações em Boas Práticas Agrícolas e Boas Práticas de Fabricação, que vão envolver produtores de 50 microqueijarias e 32 técnicos da Emater/RS-Ascar e Prefeituras. Assistência técnica, monitoramento da qualidade da água, do leite e do queijo, realização de estudo técnico-científico em diferentes tempos de maturação, entre outras ações, fazem parte do convênio. 

Após as apresentações, ocorreram ainda palestras com os temas "Fungos em queijos artesanais", com o professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Luiz Rosa, "O que são produtos artesanais", com a professora e consultora do Mapa, Fabiana Thomé, e a "Importância da sanidade do rebanho para a fabricação de queijos artesanais de leite cru", com a médica veterinária da Seapi, Ana Cláudia Mello Groff, finalizando o debate.
O Seminário foi organizado pela Emater/RS-Ascar, Secretarias Estaduais de Agricultura, Pecuária e Irrigação (Seapi) e de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo (SDR), Delegacia Regional da Secretaria Especial da Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (Seadi), Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) e Ulbra.