08/01/2021

Setor de serviços deve puxar criação de vagas formais no RS

FONTE: DIÁRIO GAUCHO

A retomada na geração de empregos formais no Rio Grande do Sul verificada no segundo semestre de 2020, após a intensa destruição de vagas com carteira assinada entre março e junho, no auge da crise do coronavírus, prenuncia que o mercado de trabalho gaúcho deve se aquecer mais em 2021. Projeção da Unidade de Estudos Econômicos da Federação das Indústrias do Estado (Fiergs) aponta que as empresas deverão gerar 56,2 mil postos de trabalho neste ano, com o setor de serviços liderando as contratações.

Entre as entidades empresariais gaúchas, a Fiergs é a única a divulgar projeção para o mercado de trabalho local. A estimativa se baseia nos movimentos do Cadastro-Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e leva em conta a diferença entre contratações e demissões no período para se chegar ao número de vagas a serem criadas com carteira assinada.

Perspectiva

Na ótica da entidade, os três grandes ramos da economia ficarão no azul. A agropecuária deve ter saldo positivo de 1,2 mil posições. O setor de serviços, incluindo o comércio, pode criar 38,6 mil postos. Já a indústria tem potencial para gerar 16,4 mil empregos. Deste montante, 11,1 mil estariam na indústria de transformação, 4,4 mil na construção e outros 0,9 mil no segmento extrativo.

– A perspectiva dos industriais gaúchos é positiva: 56% das indústrias esperam aumento de demanda e 29% pretendem aumentar o número de empregados. A tendência é de continuação da retomada – salientou André Nunes de Nunes, economista-chefe da Fiergs, durante o balanço de fim de ano da entidade.

Em 2020, até novembro, o Rio Grande do Sul acumula perda de 19,5 mil vagas formais, de acordo com o Caged. A agropecuária apresenta saldo positivo de 1,6 mil vagas, e a indústria, incluindo a construção, de 11,3 mil postos. Por outro lado, o setor de serviços, incluindo o comércio, tem saldo negativo de 32,5 mil vagas.

Economista e professor da Escola de Negócios da PUCRS, Ely José de Manos vê a geração de mais de 50 mil vagas em 2021 como factível, mas pondera que diferentes aspectos podem influenciar o ritmo da retomada dos empregos. Entre eles, está o fim do auxílio emergencial, que manteve a demanda aquecida em alguns setores.

– Zerar o saldo negativo de 2020 é possível, sim, ao longo de 2021, mas isso está condicionado a uma série de fatores. Tudo vai depender de como a economia vai se comportar – destaca.

Pandemia

Neste sentido, a economista chefe da Fecomércio-RS, Patrícia Palermo, ressalta que o caminho para recompor as vagas destruídas na pandemia no comércio e nos serviços ainda é longo. Atividades como alojamento e alimentação chegaram a ter 20% do estoque de empregos formais dizimados durante a crise. Para Patrícia, os desdobramentos da pandemia também podem se refletir nas contratações das empresas:

– A vacinação tende a garantir a imunidade de rebanho, o que tende a trazer nossa vida à normalidade. Até lá, vamos conviver com a incerteza. E isso é um problema para as contratações. A empresa não tem certeza se poderá continuar aberta. Se abrir, não sabe se vai ter demanda ou não.

Expectativa de crescimento e mudança da demanda

Entre as consultorias de recursos humanos (RH) gaúchas, o movimento nos últimos meses indica que a criação de vagas será maior em 2021. Diretora de RH da Metta Capital Humano, Luciana Adegas constata que a pandemia modificou o perfil de muitas vagas e abriu espaço para uma série de atividades, que devem seguir com demanda aquecida:

– Estão aparecendo muitas vagas em teletrabalho, para comércio eletrônico, marketing e mídias sociais. Isso ocorre porque muitas empresas tiveram de se reinventar na pandemia. Também há demanda em vagas de tecnologia da informação, como desenvolvimento de sistemas e suporte.

Antecipação

Na indústria, setores como alimentação, embalagens e utensílios domésticos também deverão demandar mais mão de obra, na avaliação da diretora de treinamento e desenvolvimento da Missel Capacitação Empresarial, Simoni Missel. A especialista ressalta que as contratações começaram a acontecer ainda em 2020 com base na perspectiva positiva para 2021.

A SITUAÇÃO NO RIO GRANDE DO SUL (Ver imagem)

Como ter um perfil mais competitivo

Alguém que esteja aberto a desafios, demonstre vontade de aprender novas habilidades e se adapte rapidamente a mudanças. Esse é o perfil de trabalhador que as companhias, em diferentes setores, buscarão neste ano.

– As empresas estão sofrendo uma transformação muito grande, desde o início da pandemia. Isso fará com que os profissionais tenham de se adaptar a novas realidades. E as empresas buscam pessoas com esse perfil, que sejam persistentes e não desistam em situações complexas – constata Simoni Missel, diretora de treinamento e desenvolvimento da Missel Capacitação Empresarial.

Neste contexto, aperfeiçoar o currículo com capacitações pode auxiliar o profissional a encontrar colocação com carteira assinada neste ano. Simoni lembra que a oferta de cursos online atualmente é ampla e, muitas vezes, gratuita. Ela reforça a importância de os indivíduos contemplarem tanto o aperfeiçoamento técnico de habilidades prévias quanto o desenvolvimento de novas habilidades. A recomendação é para que o profissional coloque no currículo os cursos que fez nos últimos meses e até mesmo aqueles que está realizando no momento.

Com aumento do desemprego na pandemia, a diretora de RH da Metta Capital Humano, Luciana Adegas, lembra que formação é fundamental para ser mais competitivo: – Importante que o profissional busque graduação, caso não tenha, e cursos de extensão, pois o mercado vai estar concorrido.

Grandes universidades, como PUCRS e Unisinos, possuem plataformas na internet com centenas de cursos de curta duração, em diferentes áreas. Entidades ligadas ao Sistema S também intensificaram a oferta de cursos online durante a pandemia. Além disso, sites como Coursera e Udemy ainda são boas opções para quem deseja se aperfeiçoar.

 

 

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